Uma comunidade criada para ajudar você

A nossa comunidade foi criada para ajudar você: paciente, familiar, cuidador, amigo. Por isso, desenvolvemos conteúdos e campanhas exclusivas!

São vídeos, áudios, notícias e conteúdos interativos para você explorar, compartilhar e descobrir informações práticas desde os primeiros sintomas da doença, passando pelo bem-estar do dia-a-dia e conselhos sobre como levar uma vida plena com o Parkinson, até as opções de tratamentos avançadas.

#VolteASerVocê
Às vezes você fica pensando nos seus sintomas e na progressão da sua doença de Parkinson e percebe que algumas coisas estão mudando, inclusive a sua qualidade de vida? Mesmo assim, você está confiante, sabe o que fazer, mas precisa de ajuda para dar o próximo passo? Então nossa campanha #VolteASerVocê vai te ajudar!

Todo o conteúdo publicado é para você que está na fase intermediária do Parkinson e está em busca de dicas e mais informação. Ainda que não exista cura para o Parkinson, o conhecimento ajuda muito no tratamento dos sintomas e há muitas coisas que você pode fazer para influenciar positivamente o curso da doença e melhorar a sua qualidade de vida.

#JuntosSomosMelhores
Se você vê uma publicação na internet e pensa na mesma hora: “Conheço alguém que se beneficiaria com isso e vou contar pra ele”, então você faz parte de um grande grupo de pessoas que estão dispostas a sempre ajudar àqueles ao redor.

#JuntosSomosMelhores é uma campanha pensada em você que é curioso, tem paixão por aprender mais sobre diversos assuntos e gosta de saber o que fazer quando alguém ao seu redor precisa de ajuda. Por isso, vamos te dar acessso a conteúdos completos que ajudarão você a no compartilhamento de informações sobre a doença de Parkinson.

#NuncaSeRenda
Você vive com a doença de Parkinson há muitos anos, mas não cansa de buscar novas opções de tratamento para melhorar a sua qualidade de vida? Conheça a nossa campanha #NuncaSeRenda e faça parte do grupo de pessoas que encontraram alívio nas terapias avançadas.

Sabemos que você pode e consegue ter uma vida melhor. Sabemos que você não vai se render a doença porque gosta de viver. Sabemos que você não deixa o Parkinson te definir. E sabemos que aqui você vai aprender mais sobre quais outros passos dar para alcançar seus objetivos.

Faça parte da nossa comunidade!
Fique sempre ligado nas hashtags das campanhas. Convidamos você para acompanhar as publicações aqui no nosso blog, na nossa página do Facebook e no canal do YouTube. Juntos podemos criar uma comunidade ainda mais informada!


Qualidade de vida na doença de Parkinson

Com a progressão da doença de Parkinson (DP), os sintomas motores e não-motores começam a afetar as atividades diárias dos pacientes, interferindo diretamente no bem-estar de cada indivíduo. “No decorrer da progressão da doença pode ocorrer um impacto considerável na qualidade de vida e no funcionamento psicológico e social”, comenta Dra. Lorena Broseghini.

É importante identificar os fatores que mais influenciam nesse bem-estar, considerando que tais questões podem não ser evidenciadas no exame clínico por não integrarem a lista de sintomas motores mais conhecidos.

O que é qualidade de vida?
Dr. Flávio Sallem esclarece que qualidade de vida é um indicador das condições básicas e suplementares do ser humano, englobando saúde, bem-estar físico, mental, psicólogico e emocional, e relacionamento familiar, social e profissional.

“Quanto melhor for a mobilidade, bem-estar emocional, suporte social, função cognitiva e comunicação, melhor é a qualidade de vida dos pacientes com doença de Parkinson”, complementa Dra. Lorena Broseghini.

O que muda para um paciente com Parkinson?
As dificuldades que emanam dos déficits físicos e psíquicos degeneram sobremaneira a percepção de saúde individual, com piora dos indicadores de qualidade de vida, explica Dr. Flávio Sallem.

No âmbito físico, a doença gradualmente resulta em uma incapacidade motora, devido os sintomas de rigidez, tremor e lentidão dos movimentos. Já os psíquicos estão relacionados as manifestações não-motoras, que também geram bastante impacto nas atividades diárias dos pacientes com doença de Parkinson. Dra. Lorena Broseghini diz que “estes sintomas abrangem uma série de características clínicas, incluindo problemas cognitivos, neuropsiquiátricos, disfunção autonômica, distúrbios do sono, fadiga e dor”.

O que fazer para ter uma melhor qualidade de vida?
Quando os sintomas são abordados e tratados de forma adequada, os pacientes com Parkinson podem desfrutar de uma melhor qualidade de vida. Dr. Felipe Saba explica que essa é a principal meta no tratamento do paciente com Parkinson. “Não podemos reverter a doença, mas nosso objetivo é permitir que o paciente conviva com ela sem grandes prejuízos no seu dia dia, dentro do possível”, afirma.

A investigação do bem-estar se torna crucial para a compreensão do curso da doença e pela busca de estratégias que visam promover a saúde física e psíquica desses pacientes, favorecendo, assim, o planejamento de intervenções terapêuticas direcionadas. Muitas pessoas estão interessadas em terapias complementares, por exemplo, que oferecem uma abordagem holística para o corpo, mente e espírito, auxiliando no alívio dos sintomas motores e não-motores da condição.

O reconhecimento da importância desses fatores e o compromisso com a qualidade de vida podem direcionar melhor a prática dos profissionais que atuam diretamente com os pacientes e suas famílias.

Continue aprendendo mais sobre o Parkinson aqui no nosso blog, na nossa página do Facebook e no nosso canal no YouTube.

Apoio dos médicos:

Dr Flávio Sekeff Sallem, MD, PhD, Neurologista.

Dr. Felipe Saba, Neurologista.

Dra. Lorena Broseghini Barcelos, Neurologista.


9 conselhos para cuidadores

Falamos muito sobre os pacientes, mas é importante também ajudar os cuidadores. Sem eles, a qualidade de vida dos pacientes seria bastante reduzida, porque é graças a esta atenção constante que os pacientes conseguem se manter a par de sua doença.

É por isso que hoje trazemos uma série de dicas úteis para os cuidadores, com o objetivo de ajudá-los nesse caminho que, às vezes, pode ser difícil. É importante que os cuidadores cuidem de si mesmos!

Confira as dicas
1. Organize-se: manter o histórico médico e todos os documentos do paciente organizados em um só lugar ajuda a simplificar muito os cuidados. Isso pode contribuir para reduzir o estresse e ser mais eficiente ao longo do tempo.

2. Acompanhe a sua saúde: é muito fácil perder o autocuidado quando se cuida de alguém. É importante reservar um dia livre no calendário, coordenando com outra pessoa que pode cuidar do paciente por um dia ou contratar um profissional que possa assumir o controle. É importante investir tempo em atividades que possam distrair a cabeça.

3. Compreenda como funciona o plano de saúde: o plano de saúde é um dos cuidados mais importante e a ferramenta do paciente. Saber tudo pode ajudar a organizar os aspectos financeiros e logísticos do atendimento ao paciente.

4. Faça parte de um grupo de suporte: é importante reconhecer que às vezes as coisas podem ficar difíceis. Procurar apoio de outros cuidadores ou especialistas é uma excelente maneira de manter um autocuidado saudável.

5. Mantenha-se atualizado sobre a doença: novas pesquisas e notícias sobre a doença são publicadas o tempo todo. Ao saber disso, você pode perguntar ao seu médico sobre as novas opções de tratamento disponíveis. Se você quer aprender sobre os avanços no Parkinson, leia o nosso blog.

6. Mudanças no relacionamento: quando alguém se torna cuidador de um paciente, a relação entre essas duas pessoas é alterada. O acompanhamento com um especialista pode ser muito útil, caso seja necessário.

7. Observe os sintomas e relate as mudanças: às vezes os pacientes não percebem todas as coisas que acontecem com eles e o cuidador pode percebê-los com mais clareza. É muito importante manter o médico ciente das mudanças que ocorrem, porque ele é quem define as diretrizes para o tratamento e quem pode ajudá-los.

8. Promova a independência: este ponto pode ser um dos mais difíceis para muitos cuidadores, porque representa uma ideia que pode parecer oposta de cuidar. No entanto, é importante entender que cuidar não significa fazer tudo para a outra pessoa, mas ajudá-la no que ela não pode fazer por causa de sua doença. O paciente deve se sentir capaz de lidar com o máximo de coisas possíveis e aprender a pedir ajuda quando necessário.

9. Preserve a comunicação: é importante conversar com o paciente constantemente sobre suas necessidades, expectativas e experiências com a doença.

Busque ajuda
Se você quiser ajuda para encontrar um neurologista especializado na sua região, preencha o nosso formulário para entrarmos em contato com você: http://parkinsoneeu.com/recupere-sua-vida/. E continue aprendendo mais sobre o Parkinson aqui no nosso blog, na nossa página do Facebook e no nosso canal do YouTube.

Fonte: https://parkinsonsnewstoday.com/2018/03/15/10-tips-parkinsons-disease-caregivers/

*As opiniões expressadas pelos médicos, pesquisadores e especialistas não representam, necessariamente, as opiniões do Parkinson e Eu e da Medtronic. Trate com o seu médico a sua informação para diagnóstico e tratamento. Apenas o seu médico pode determinar qual terapia é ideal para você. A Medtronic mantém um cadastro geral de profissionais de diversas especialidades, e o recebimento desses dados não configura indicação, devendo sempre o paciente consultar a rede referenciada do plano de saúde, hospital de preferência ou realizar pesquisa pessoal de qualificação e adequação.


A importância de uma boa alimentação

Os efeitos colaterais do tratamento e os sintomas da própria doença de Parkinson podem interferir e dificultar a sua alimentação, por isso é fundamental adaptar a sua rotina alimentar com o objetivo de superar esses obstáculos. Uma boa alimentação não cura ou diminui a progressão da doença, porém, uma dieta saudável pode ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com a condição e aliviar alguns sintomas comuns.

Mantenha uma alimentação balanceada e variada, que conta com alimentos como frutas, vegetais, carnes e cereais. Essa varidade irá ajudá-lo a obter energia, proteínas, vitaminas, minerais e fibras que você precisa para ter uma boa saúde. E não deixe de fazer nenhuma refeição durante o dia.

Temos algumas dicas que você pode usar como base para melhorar sua alimentação. Mas lembre-se que todas as orientações adequadas e adaptadas para o seu caso devem ser feitas por nutricionistas especializados, por isso converse com o seu médico para buscar uma indicação.

1. Beba uma quantidade adequada de líquidos, mas evite bebidas ricas em cafeína e açúcar para não atrapalhar o sono;

2. Grãos integrais são uma ótima escolha, pois eles contêm fibras que ajudam a controlar a constipação, glicemia, pressão arterial, colesterol e doenças cardíacas;

3. Inclua frutas e legumes nas refeições, pois eles fornecem antioxidantes, minerais e vitaminas que nutrem e suportam os músculos, o sistema nervoso e os órgãos do corpo;

4. Coma alimentos ricos em cálcio, pois ajudam a manter os ossos fortes e prevenir fraturas;

5. Coma pequenas porções de alimentos com proteína para manter o sistema muscular saudável;

6. Evite uma grande quantidade de alimentos que contêm excesso de calorias (como industrializados, com muito açúcar ou sal), para não ganhar muito peso, o que pode dificultar os movimentos.

Agora aproveite todas essas dicas e compartilhe com seu cuidador e familiares para que a próxima ida ao supermercado seja pensando em um cardápio ideal.

E para complementar a sua dieta e melhorar ainda mais o seu dia a dia, não deixe de praticar atividades físicas também. Os músculos tonificados e saudáveis ajudam a manter o equilíbrio e a força!

Fontes:
http://www.parkinson.org.br/firefox/index.html
http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/parkinsons-disease/basics/lifestyle-home-remedies/con-20028488
http://www.parkinson.org/understanding-parkinsons/living-well/nutrition


Dicas para cozinhar facilmente, apesar do Parkinson

Anteriormente, falamos aqui no blog sobre a importância de manter uma dieta saudável para os pacientes de Parkinson. Sem dúvida, a melhor maneira de preservar a alimentação começa em casa. Porém, os sintomas da própria doença podem tornar o momento de cozinhar um desafio e, para muitas pessoas, pode até ser bem desgastante.

Encontramos uma série de dicas que podem fazer a hora de cozinhar muito mais fácil. Assim, você pode manter a sua dieta e continuar no seu caminho para o tratamento ideal.

Confira as dicas:
1. Reúna tudo que você precisa e coloque em um lugar antes de começar a preparar a comida;

2. Se for mais confortável, sente em uma cadeira que tenha uma altura ideal para que você possa manusear os alimentos no balcão ou fogão da sua cozinha;

3. Tome todas as precauções e organize a sua cozinha para tornar o acesso mais fácil possível;

4. Você pode usar luvas resistentes ao corte, para evitar acidentes com facas;

5. Use utensílios que sejam fáceis de manusear, leves e com boa aderência. Ao escolher os utensílios, recomendamos que identifique os objetos menos pesados e que serão menos cansativos de utilizar;

6. Escolha receitas que não exijam que você cozinhe duas coisas ao mesmo tempo e que permitam que você concentre sua atenção em uma coisa de cada vez. É muito comum os pacientes de Parkinson terem dificuldade para realizar várias tarefas simultaneamente;

7. Congele porções extras para comer em outros dias que você não estiver apto para cozinhar. Os sintomas da doença de Parkinson geralmente variam de um dia para o outro, por isso é útil ter refeições rápidas disponíveis.

Aprenda mais:
Se você deseja encontrar um neurologista especializado na sua região, preencha o nosso formulário para entrarmos em contato com você: http://parkinsoneeu.com/recupere-sua-vida/. E continue aprendendo mais sobre o Parkinson aqui no nosso blog, na nossa página do Facebook e no nosso canal no YouTube.

Fonte: https://www.michaeljfox.org/foundation/news-detail.php?ways-to-make-cooking-easier-with-parkinson-disease&os_cid=fb-a30U0000000OWD0&s_src=MJFFfb&s_subsrc=cooking_tips_1.6


Tudo o que você precisa saber sobre a discinesia

Inicialmente, os tratamentos para o Parkinson podem funcionar muito bem, mas ao longo do tempo podem surgir efeitos colaterais. Se você estiver tomando medicamentos por algum tempo, você pode experimentar “desgaste” ou flutuações motoras. A discinesia faz parte desse grupo de efeitos colaterais, que são geralmente considerados como sintomas, mas são de fato resultados dos medicamentos.

O que é?
A discinesia ocorre em várias condições médicas e é o termo usado para descrever movimentos não intencionais, involuntários e incontroláveis. É a dificuldade ou distorção na realização de movimentos voluntários, resultado do uso prolongado de certos medicamentos.

Como ela se apresenta?
Os movimentos parecem tiques suaves – às vezes como uma dança descoordenada – que incluem contrações, empurrões, torções ou simples inquietação, mas não tremores.

Qual a causa?
A causa exata é incerta, mas a maioria concorda que está relacionada ao uso prolongado de certos medicamentos. Acredita-se que sua origem deva-se a uma maior sensibilidade à dopamina no cérebro como resultado do remédio, combinada com a progressão natural do Parkinson.

Quando a levodopa atinge o seu pico de eficácia e os níveis de dopamina são os mais elevados, pode ocorrer “discinesia em pico”. Por outro lado, e menos comum, a discinesia também pode ocorrer quando a levodopa está apenas começando a produzir efeitos ou quando está se desgastando. Isso é conhecido como “discinesia difásica”.

Existe tratamento?
O tratamento pode ser complicado. Normalmente melhora com uma redução ou redistribuição da terapia com levodopa, mas isso também é tipicamente seguido por um aumento na rigidez ou tremores, por isso dificilmente é uma solução. Uma quantidade reduzida de levodopa também pode resultar em períodos “off” (quando os sintomas não são controlados), que ocorrem mais rapidamente e duram mais.

Portanto, é importante alcançar um bom equilíbrio entre a melhora na mobilidade e a discinesia. Cada pessoa precisará decidir sobre o equilíbrio que eles preferem: ter mais tempo “on” quando a maioria dos sintomas são controlados, mas a discinesia é experimentada, ou mais tempo “off” quando a discinesia é controlada, mas outros sintomas reaparecem.

É possível controlar os movimentos?
Existem algumas mudanças de comportamento que podem ajudar a controlar os efeitos:

1. Manter um diário: com um diário de sintomas motores, você e seu médico podem avaliar se há alguma ligação entre a sua discinesia e os medicamentos.

2. Mudanças na dieta: manter uma boa alimentação é importante durante todo o tratamento do Parkinson. No entanto, as recomendações são únicas para cada pessoa, então você deve conversar com seu médico antes de alterar sua dieta ou alterar o tempo de sua medicação. Ele também pode encaminhá-lo para um nutricionista.

Pratique exercícios: os exercícios, como a natação ou a caminhada, pode ajudar. Certos exercícios se mostraram úteis no controle da discinesia, mas isso é muito pessoal, então, se você encontrar algo que o ajude, lembre-se e use-o.

1. Descanse: tente encontrar a melhor posição para relaxar. Se você tiver discinesia grave em todo o corpo, deitar na cama de um lado e respirar suavemente por alguns minutos pode ajudar. Não lute contra o movimento – é melhor tentar relaxar em uma posição confortável.

2. Gerencie o estresse: o estresse pode piorar a discinesia, então tente encontrar tempo para relaxar. Terapias alternativas são uma ótima opção para encontrar o equilíbrio necessário.

Se você tiver discinesia, fale com o seu médico ou com um especialista de distúrbios do movimento. Eles provavelmente ajustarão sua medicação, às vezes tentando várias combinações, para ver se isso melhore a sua discinesia.

Fontes:
http://epda.eu.com/about-parkinson-s/symptoms/motor-symptoms/dyskinesia/
https://www.michaeljfox.org/understanding-parkinsons/living-with-pd/topic.php?dyskinesia


Distúrbios do sono podem indicar futuras doenças cerebrais

Uma nova pesquisa se baseou em identificar as relações entre distúrbios do sono e as doenças neurodegenerativas, incluindo a doença de Parkinson. O Dr. John Peever, da Universidade de Toronto, explicou como sua equipe descobriu que o movimento rápido dos olhos (conhecido como REM*) enquanto você está dormindo pode ser um indicador de futuras doenças neurológicas.

Esta nova investigação se enfocou em analisar os neurônios específicos do cérebro que são ativados durante o sono REM. Ao atingir este, eles identificaram uma relação entre o mau funcionamento das células com o risco neurodegenerativos das pessoas no futuro. As pessoas cujos neurônios não são bem ativados durante o sono, não tem paralisia em seus membros, uma das características do REM.

“Descobrimos que 80% das pessoas que sofrem de distúrbios no REM, eventualmente, desenvolvem doenças neurais, como Parkinson,” diz o Dr. Peever no artigo publicado na revista da Associação Americana do Sono. Embora, é claro, ainda falte muita pesquisa antes de comprovar essa idéia, o “diagnósticos do REM poderiam ajudar a fornecer ações preventivas para manter os pacientes saudáveis muito antes de desenvolver a doença”.

*REM – do inglês Rapid Eye Movement (“movimento rápido dos olhos”).

Fontes:
https://sleepfoundation.org/sleep-disorders-problems/rem-behavior-disorder


Sintomas não-motores do Parkinson

A doença de Parkinson é uma condição que afeta o sistema nervoso e as estruturas para o movimento. Por esta razão, a maioria dos sintomas são visíveis, tais como o tremor e a rigidez. Entretanto, os médicos estão reconhecendo cada vez mais a presença e efeitos de outros sintomas, chamados “sintomas não-motores” ou “dopamina não-responsivos”. Estes sintomas são comuns e podem ter um grande impacto sobre os pacientes.

Embora o Parkinson seja definido como um distúrbio do movimento, ele também está associado a uma ampla gama de sintomas comportamentais, neuropsiquiátricos e físicos que podem afetar a qualidade de vida. Estes podem ocorrer em qualquer ponto, mesmo antes que os sintomas motores sejam reconhecidos.

Muitos desses sintomas não são vísiveis para os acompanhantes e/ou cuidadores, e podem incluir:

1. Comprometimento cognitivo – declínio na capacidade de multitarefa e /ou concentração, e declínio no funcionamento intelectual;

2. Transtornos de humor – depressão, ansiedade e irritabilidade;

3. Distúrbios do sono – insônia, sonambulismo;

4. Pressão arterial baixa;

5. Constipação;

6. Problemas de fala, deglutição e salivação;

7. Dores inexplicáveis – normalmente associados com causas traumáticas;

8. Perda de ofalto;

9. Alucinações.

Para cada um desses sintomas existem diferentes formas de diagnóstico, de tratamento e de progressão. Cada pessoa experimenta um sintoma diferente, em uma intensidade diferente. Algumas pessoas acham útil discutir suas experiências com os outros, e podem encontrar semelhanças ou não; e isso não deve ser motivo de preocupação.

Muitas pessoas têm encontrado alívio nas terapias alternativas, que ajudam a relaxar, reduzir o estresse e a depressão. Mas, se você estiver experimentando algum desses sintomas, é importante compartilhar com o seu médico. Ao estudar o seu caso, ele poderá indicar a melhor forma de melhorar sua qualidade de vida.

Saiba mais sobre as terapias alternativas aqui e sobre o sintomas motores do Parkinson aqui.

Fonte:
https://www.michaeljfox.org
http://www.parkinson.org/understanding-parkinsons/non-motor-symptoms
http://epda.eu.com/about-parkinson-s/symptoms/non-motor-symptoms/


Parkinsonismos Atípicos

O parkinsonismo é o nome genérico dado a um grupo de condições que apresentam as principais características do Parkinson – tremores, rigidez dos músculos, problemas de mobilidade e bradicinesia (lentidão do movimento).

Cerca de 85% das pessoas com Parkinsonismo apresentam a forma mais comum, a doença de Parkinson, os restantes 15% apresentam condições diferentes e muito mais raras, como Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP), Atrofia de Sistema Múltiplo (MSA) e Demência com Corpos de Lewy (DLB).

Devido a essas semelhanças, tais condições podem ser difíceis de diferenciar e o diagnóstico por um especialista é essencial.

Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP)
É um distúrbio cerebral incomum que causa sérios problemas que afetam a caminhada, o equilíbrio e os movimentos oculares. A desordem resulta da deterioração das células em áreas do cérebro que controlam o movimento e o pensamento do corpo.

A PSP piora ao longo do tempo e pode levar a outras complicações, como pneumonia e problemas de deglutição. Não há cura para a PSP, portanto o tratamento se concentra no gerenciamento dos sinais e sintomas.

Atrofia de Sistema Múltiplo (MSA)
A atrofia de sistema múltiplo (MSA) é um distúrbio neurológico degenerativo raro que afeta as funções involuntárias do corpo, incluindo pressão arterial, respiração, função da bexiga e controle muscular.

A MSA compartilha muitos sintomas semelhantes a doença de Parkinson, como movimentos lentos, músculos rígidos e equilíbrio fraco. O tratamento inclui medicamentos e mudanças de estilo de vida para ajudar a gerenciar os sintomas, mas não há cura.

Demência com Corpos de Lewy (DLB)
A demência com Corpos de Lewy, é o segundo tipo mais comum de demência progressiva após a demência da doença de Alzheimer. Os depósitos de proteínas, denominados corpos de Lewy, desenvolvem células nervosas nas regiões cerebrais envolvidas no pensamento, memória e movimento (controle motor).

A DLB provoca um declínio progressivo nas habilidades mentais. Pessoas com demência no corpo de Lewy podem experimentar alucinações visuais e mudanças no estado de alerta e atenção. Outros efeitos incluem sintomas semelhantes a doença de Parkinson, como músculos rígidos, movimentos lentos e tremores.

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Fontes: http://epda.eu.com/about-parkinson-s/parkinsons-faqs/parkinsons-symptoms/
http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/progressive-supranuclear-palsy/home/ovc-20312358
http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/multiple-system-atrophy/home/ovc-20323392
http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/lewy-body-dementia/home/ovc-20200344


A diferença entre um Neurologista e um Neurologista especializado em Distúrbios de Movimento

A neurologia é o ramo da medicina que trata distúrbios do sistema nervoso. O sistema nervoso é um sistema complexo e sofisticado que regula e coordena as atividades do corpo e tem duas grandes divisões:

1. Sistema nervoso central: cérebro e medula espinhal;

2. Sistema nervoso periférico: todos os outros elementos neurais, como olhos, ouvidos, pele e outros “receptores sensoriais”.

O que faz um Neurologista?
Um médico especializado em neurologia, chamado de neurologista, trata distúrbios que afetam o cérebro, a medula espinhal e os nervos, como: doença cerebrovascular, doenças desmielinizantes do sistema nervoso central, distúrbios de dor de cabeça, distúrbios neurodegenerativos, além de outras, incluindo as doenças do movimento, como a doença de Parkinson.

Um neurologista geral conhece de tudo um pouco, passeando por todas as áreas da neurologia de forma competente. Dr. Felipe Saba esclarece que ele se ocupa de todas as doenças que envolvem o sistema nervoso central e periférico. “Trata-se de um campo muito vasto e de doenças muito complexas, por isso se faz necessária uma subespecialização”, diz.

E o que faz um Neurologista especializado em Distúrbios de Movimento?
Dr. Flávio Sallem explica que a principal diferença entre um Neurologista e um Neurologista especializado em Distúrbios de Movimento é o conhecimento completo e aprofundado para oferecer ao paciente um diagnóstico preciso e encontrar a melhor forma de tratamento.

Nas fases moderadas e avançadas do Parkinson os pacientes podem apresentar flutuações motoras, tais como ‘tempo off’ e discinesias, e sintomas não-motores como transtornos do sono, autonômico, cognitivo e comportamental, relata Dra. Lorena Broseghini. “O tratamento quando conduzido por um especialista, pode abranger um ajuste medicamentoso mais detalhado e, em casos selecionados, avaliar a indicação cirúrgica”, diz a neurologista.

Dr. Flávio Sallem complementa explicando que “o neurologista especializado conhece todos os pormenores relacionados à especialidade, e consegue dar um panorama detalhado de cada caso, tratando cada um de forma individual e mais focado na atualidade, especialmente os pacientes em estado mais grave ou que apresentem situações fora do comum, como nos casos de parkinsonismos atípicos (doenças que simulam a doença de Parkinson, mas possuem fisiopatologia, etiologia e evolução completamente diferentes)”.

Importante ressaltar que os neurologistas, especializados ou não em distúrbios de movimento, não realizam cirurgia. Se um paciente é apto e necessita de cirurgia, o neurologista o encaminha para um neurocirurgião.

Se você deseja encontrar um neurologista especializado na sua região, preencha o nosso formulário para entrarmos em contato com você: http://parkinsoneeu.com/recupere-sua-vida/. E continue aprendendo mais sobre o Parkinson aqui no nosso blog, na nossa página do Facebook e no nosso canal no YouTube.

Apoio dos médicos:
Dr. Flávio Sekeff Sallem, MD, PhD, Neurologista.
Dr. Felipe Saba, Neurologista.
Dra. Lorena Broseghini Barcelos, Neurologista
*As opiniões expressadas pelos médicos, pesquisadores e especialistas não representam, necessariamente, as opiniões do Parkinson e Eu e da Medtronic. Trate com o seu médico a sua informação para diagnóstico e tratamento. Apenas o seu médico pode determinar qual terapia é ideal para você.