Tudo o que você precisa saber sobre a discinesia

Inicialmente, os tratamentos para o Parkinson podem funcionar muito bem, mas ao longo do tempo podem surgir efeitos colaterais. Se você estiver tomando medicamentos por algum tempo, você pode experimentar “desgaste” ou flutuações motoras. A discinesia faz parte desse grupo de efeitos colaterais, que são geralmente considerados como sintomas, mas são de fato resultados dos medicamentos.

O que é?
A discinesia ocorre em várias condições médicas e é o termo usado para descrever movimentos não intencionais, involuntários e incontroláveis. É a dificuldade ou distorção na realização de movimentos voluntários, resultado do uso prolongado de certos medicamentos.

Como ela se apresenta?
Os movimentos parecem tiques suaves – às vezes como uma dança descoordenada – que incluem contrações, empurrões, torções ou simples inquietação, mas não tremores.

Qual a causa?
A causa exata é incerta, mas a maioria concorda que está relacionada ao uso prolongado de certos medicamentos. Acredita-se que sua origem deva-se a uma maior sensibilidade à dopamina no cérebro como resultado do remédio, combinada com a progressão natural do Parkinson.

Quando a levodopa atinge o seu pico de eficácia e os níveis de dopamina são os mais elevados, pode ocorrer “discinesia em pico”. Por outro lado, e menos comum, a discinesia também pode ocorrer quando a levodopa está apenas começando a produzir efeitos ou quando está se desgastando. Isso é conhecido como “discinesia difásica”.

Existe tratamento?
O tratamento pode ser complicado. Normalmente melhora com uma redução ou redistribuição da terapia com levodopa, mas isso também é tipicamente seguido por um aumento na rigidez ou tremores, por isso dificilmente é uma solução. Uma quantidade reduzida de levodopa também pode resultar em períodos “off” (quando os sintomas não são controlados), que ocorrem mais rapidamente e duram mais.

Portanto, é importante alcançar um bom equilíbrio entre a melhora na mobilidade e a discinesia. Cada pessoa precisará decidir sobre o equilíbrio que eles preferem: ter mais tempo “on” quando a maioria dos sintomas são controlados, mas a discinesia é experimentada, ou mais tempo “off” quando a discinesia é controlada, mas outros sintomas reaparecem.

É possível controlar os movimentos?
Existem algumas mudanças de comportamento que podem ajudar a controlar os efeitos:

1. Manter um diário: com um diário de sintomas motores, você e seu médico podem avaliar se há alguma ligação entre a sua discinesia e os medicamentos.

2. Mudanças na dieta: manter uma boa alimentação é importante durante todo o tratamento do Parkinson. No entanto, as recomendações são únicas para cada pessoa, então você deve conversar com seu médico antes de alterar sua dieta ou alterar o tempo de sua medicação. Ele também pode encaminhá-lo para um nutricionista.

Pratique exercícios: os exercícios, como a natação ou a caminhada, pode ajudar. Certos exercícios se mostraram úteis no controle da discinesia, mas isso é muito pessoal, então, se você encontrar algo que o ajude, lembre-se e use-o.

1. Descanse: tente encontrar a melhor posição para relaxar. Se você tiver discinesia grave em todo o corpo, deitar na cama de um lado e respirar suavemente por alguns minutos pode ajudar. Não lute contra o movimento – é melhor tentar relaxar em uma posição confortável.

2. Gerencie o estresse: o estresse pode piorar a discinesia, então tente encontrar tempo para relaxar. Terapias alternativas são uma ótima opção para encontrar o equilíbrio necessário.

Se você tiver discinesia, fale com o seu médico ou com um especialista de distúrbios do movimento. Eles provavelmente ajustarão sua medicação, às vezes tentando várias combinações, para ver se isso melhore a sua discinesia.

Fontes:
http://epda.eu.com/about-parkinson-s/symptoms/motor-symptoms/dyskinesia/
https://www.michaeljfox.org/understanding-parkinsons/living-with-pd/topic.php?dyskinesia


Distúrbios do sono podem indicar futuras doenças cerebrais

Uma nova pesquisa se baseou em identificar as relações entre distúrbios do sono e as doenças neurodegenerativas, incluindo a doença de Parkinson. O Dr. John Peever, da Universidade de Toronto, explicou como sua equipe descobriu que o movimento rápido dos olhos (conhecido como REM*) enquanto você está dormindo pode ser um indicador de futuras doenças neurológicas.

Esta nova investigação se enfocou em analisar os neurônios específicos do cérebro que são ativados durante o sono REM. Ao atingir este, eles identificaram uma relação entre o mau funcionamento das células com o risco neurodegenerativos das pessoas no futuro. As pessoas cujos neurônios não são bem ativados durante o sono, não tem paralisia em seus membros, uma das características do REM.

“Descobrimos que 80% das pessoas que sofrem de distúrbios no REM, eventualmente, desenvolvem doenças neurais, como Parkinson,” diz o Dr. Peever no artigo publicado na revista da Associação Americana do Sono. Embora, é claro, ainda falte muita pesquisa antes de comprovar essa idéia, o “diagnósticos do REM poderiam ajudar a fornecer ações preventivas para manter os pacientes saudáveis muito antes de desenvolver a doença”.

*REM – do inglês Rapid Eye Movement (“movimento rápido dos olhos”).

Fontes:
https://sleepfoundation.org/sleep-disorders-problems/rem-behavior-disorder


Sintomas não-motores do Parkinson

A doença de Parkinson é uma condição que afeta o sistema nervoso e as estruturas para o movimento. Por esta razão, a maioria dos sintomas são visíveis, tais como o tremor e a rigidez. Entretanto, os médicos estão reconhecendo cada vez mais a presença e efeitos de outros sintomas, chamados “sintomas não-motores” ou “dopamina não-responsivos”. Estes sintomas são comuns e podem ter um grande impacto sobre os pacientes.

Embora o Parkinson seja definido como um distúrbio do movimento, ele também está associado a uma ampla gama de sintomas comportamentais, neuropsiquiátricos e físicos que podem afetar a qualidade de vida. Estes podem ocorrer em qualquer ponto, mesmo antes que os sintomas motores sejam reconhecidos.

Muitos desses sintomas não são vísiveis para os acompanhantes e/ou cuidadores, e podem incluir:

1. Comprometimento cognitivo – declínio na capacidade de multitarefa e /ou concentração, e declínio no funcionamento intelectual;

2. Transtornos de humor – depressão, ansiedade e irritabilidade;

3. Distúrbios do sono – insônia, sonambulismo;

4. Pressão arterial baixa;

5. Constipação;

6. Problemas de fala, deglutição e salivação;

7. Dores inexplicáveis – normalmente associados com causas traumáticas;

8. Perda de ofalto;

9. Alucinações.

Para cada um desses sintomas existem diferentes formas de diagnóstico, de tratamento e de progressão. Cada pessoa experimenta um sintoma diferente, em uma intensidade diferente. Algumas pessoas acham útil discutir suas experiências com os outros, e podem encontrar semelhanças ou não; e isso não deve ser motivo de preocupação.

Muitas pessoas têm encontrado alívio nas terapias alternativas, que ajudam a relaxar, reduzir o estresse e a depressão. Mas, se você estiver experimentando algum desses sintomas, é importante compartilhar com o seu médico. Ao estudar o seu caso, ele poderá indicar a melhor forma de melhorar sua qualidade de vida.

Saiba mais sobre as terapias alternativas aqui e sobre o sintomas motores do Parkinson aqui.

Fonte:
https://www.michaeljfox.org
http://www.parkinson.org/understanding-parkinsons/non-motor-symptoms
http://epda.eu.com/about-parkinson-s/symptoms/non-motor-symptoms/


Parkinsonismos Atípicos

O parkinsonismo é o nome genérico dado a um grupo de condições que apresentam as principais características do Parkinson – tremores, rigidez dos músculos, problemas de mobilidade e bradicinesia (lentidão do movimento).

Cerca de 85% das pessoas com Parkinsonismo apresentam a forma mais comum, a doença de Parkinson, os restantes 15% apresentam condições diferentes e muito mais raras, como Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP), Atrofia de Sistema Múltiplo (MSA) e Demência com Corpos de Lewy (DLB).

Devido a essas semelhanças, tais condições podem ser difíceis de diferenciar e o diagnóstico por um especialista é essencial.

Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP)
É um distúrbio cerebral incomum que causa sérios problemas que afetam a caminhada, o equilíbrio e os movimentos oculares. A desordem resulta da deterioração das células em áreas do cérebro que controlam o movimento e o pensamento do corpo.

A PSP piora ao longo do tempo e pode levar a outras complicações, como pneumonia e problemas de deglutição. Não há cura para a PSP, portanto o tratamento se concentra no gerenciamento dos sinais e sintomas.

Atrofia de Sistema Múltiplo (MSA)
A atrofia de sistema múltiplo (MSA) é um distúrbio neurológico degenerativo raro que afeta as funções involuntárias do corpo, incluindo pressão arterial, respiração, função da bexiga e controle muscular.

A MSA compartilha muitos sintomas semelhantes a doença de Parkinson, como movimentos lentos, músculos rígidos e equilíbrio fraco. O tratamento inclui medicamentos e mudanças de estilo de vida para ajudar a gerenciar os sintomas, mas não há cura.

Demência com Corpos de Lewy (DLB)
A demência com Corpos de Lewy, é o segundo tipo mais comum de demência progressiva após a demência da doença de Alzheimer. Os depósitos de proteínas, denominados corpos de Lewy, desenvolvem células nervosas nas regiões cerebrais envolvidas no pensamento, memória e movimento (controle motor).

A DLB provoca um declínio progressivo nas habilidades mentais. Pessoas com demência no corpo de Lewy podem experimentar alucinações visuais e mudanças no estado de alerta e atenção. Outros efeitos incluem sintomas semelhantes a doença de Parkinson, como músculos rígidos, movimentos lentos e tremores.

Continue aprendendo mais sobre o Parkinson aqui no nosso blog, na nossa página do Facebook e no nosso canal no YouTube.

Fontes: http://epda.eu.com/about-parkinson-s/parkinsons-faqs/parkinsons-symptoms/
http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/progressive-supranuclear-palsy/home/ovc-20312358
http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/multiple-system-atrophy/home/ovc-20323392
http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/lewy-body-dementia/home/ovc-20200344


A diferença entre um Neurologista e um Neurologista especializado em Distúrbios de Movimento

A neurologia é o ramo da medicina que trata distúrbios do sistema nervoso. O sistema nervoso é um sistema complexo e sofisticado que regula e coordena as atividades do corpo e tem duas grandes divisões:

1. Sistema nervoso central: cérebro e medula espinhal;

2. Sistema nervoso periférico: todos os outros elementos neurais, como olhos, ouvidos, pele e outros “receptores sensoriais”.

O que faz um Neurologista?
Um médico especializado em neurologia, chamado de neurologista, trata distúrbios que afetam o cérebro, a medula espinhal e os nervos, como: doença cerebrovascular, doenças desmielinizantes do sistema nervoso central, distúrbios de dor de cabeça, distúrbios neurodegenerativos, além de outras, incluindo as doenças do movimento, como a doença de Parkinson.

Um neurologista geral conhece de tudo um pouco, passeando por todas as áreas da neurologia de forma competente. Dr. Felipe Saba esclarece que ele se ocupa de todas as doenças que envolvem o sistema nervoso central e periférico. “Trata-se de um campo muito vasto e de doenças muito complexas, por isso se faz necessária uma subespecialização”, diz.

E o que faz um Neurologista especializado em Distúrbios de Movimento?
Dr. Flávio Sallem explica que a principal diferença entre um Neurologista e um Neurologista especializado em Distúrbios de Movimento é o conhecimento completo e aprofundado para oferecer ao paciente um diagnóstico preciso e encontrar a melhor forma de tratamento.

Nas fases moderadas e avançadas do Parkinson os pacientes podem apresentar flutuações motoras, tais como ‘tempo off’ e discinesias, e sintomas não-motores como transtornos do sono, autonômico, cognitivo e comportamental, relata Dra. Lorena Broseghini. “O tratamento quando conduzido por um especialista, pode abranger um ajuste medicamentoso mais detalhado e, em casos selecionados, avaliar a indicação cirúrgica”, diz a neurologista.

Dr. Flávio Sallem complementa explicando que “o neurologista especializado conhece todos os pormenores relacionados à especialidade, e consegue dar um panorama detalhado de cada caso, tratando cada um de forma individual e mais focado na atualidade, especialmente os pacientes em estado mais grave ou que apresentem situações fora do comum, como nos casos de parkinsonismos atípicos (doenças que simulam a doença de Parkinson, mas possuem fisiopatologia, etiologia e evolução completamente diferentes)”.

Importante ressaltar que os neurologistas, especializados ou não em distúrbios de movimento, não realizam cirurgia. Se um paciente é apto e necessita de cirurgia, o neurologista o encaminha para um neurocirurgião.

Se você deseja encontrar um neurologista especializado na sua região, preencha o nosso formulário para entrarmos em contato com você: http://parkinsoneeu.com/recupere-sua-vida/. E continue aprendendo mais sobre o Parkinson aqui no nosso blog, na nossa página do Facebook e no nosso canal no YouTube.

Apoio dos médicos:
Dr. Flávio Sekeff Sallem, MD, PhD, Neurologista.
Dr. Felipe Saba, Neurologista.
Dra. Lorena Broseghini Barcelos, Neurologista
*As opiniões expressadas pelos médicos, pesquisadores e especialistas não representam, necessariamente, as opiniões do Parkinson e Eu e da Medtronic. Trate com o seu médico a sua informação para diagnóstico e tratamento. Apenas o seu médico pode determinar qual terapia é ideal para você.


Ressonância Magnética no diagnóstico do Parkinson

Uma matéria recentemente publicada na revista norte-americana Neurology Advisor fala sobre o uso da ressonância magnética no diagnóstico precoce da doença de Parkinson.

Ampliando a usabilidade
A ressonância magnética revelou-se útil no diagnóstico do Parkinson nas últimas 3 décadas, evoluindo de um uso limitado para excluir o parkinsonismo sintomático, para a sua utilidade atual na diferenciação do Parkinson de distúrbios parkinsonianos atípicos.

“Com a ressonância magnética, agora estamos olhando o cérebro estrutural, funcionalmente e metabolicamente, e estamos vendo avanços na avaliação do cérebro relacionados a vários sintomas e correlacionando aqueles com diferentes mudanças estruturais”, disse Ritesh A. Ramdhani, professor assistente de neurologia e neurocirurgia na Universidade de Nova York, Instituto de Fresco Langone Health para Transtornos do Parkinson e do Movimento, à Neurology Advisor. A ressonância magnética pode ser usada para identificar biomarcadores que possam informar o diagnóstico, rastrear a progressão da doença e elucidar os fundamentos neurobiológicos dos sintomas.

Até agora, grande parte do foco nas técnicas de imagem para o Parkinson se concentrou no diagnóstico precoce e nas ligações entre alterações radiográficas e progressão ou tratamento da doença. “No entanto, a ressonância magnética está começando a desempenhar um papel crucial na intervenção terapêutica”, disse Amber Van Laar, MD, neurologista da Clínica de Distúrbios do Movimento Integral do Centro Médico da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, à Neurology Advisor. “A cirurgia guiada por ressonância magnética é utilizada na implantação da estimulação cerebral profunda“, e essa abordagem é mais anatômica que os procedimentos tradicionais, com resultados e riscos semelhantes.

No futuro
Os desenvolvimentos em curso na tecnologia de ressonância magnética oferecem possibilidades adicionais para uma detecção mais precoce e precisa da doença de Parkinson. “Uma melhoria importante que promove o uso da tecnologia em distúrbios do movimento é a capacidade de encontrar características distintivas entre a doença de Parkinson e outros parkinsonismos atípicos”, observou o Dr. Van Laar.

Além de auxiliar na detecção e no diagnóstico, tal avanço poderia influenciar a direção da pesquisa terapêutica e o desenvolvimento de novos tratamentos. “Isto é especialmente importante para doenças como Atrofia de Múltiplos Sistemas, Paralisia Supranuclear Progressiva e Degeneração Corticobasal que atualmente não possuem tratamentos adequados”.

Embora a maioria desses avanços ainda não tenha sido traduzida clinicamente, o Dr. Ramdhani suspeita que, em última instância, contribuirá para melhorias no tratamento. “Precisamos de estudos longitudinais em que a imagem é padronizada em todo o quadro”, afirma.

O que fazer agora?
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Fonte: http://www.neurologyadvisor.com/movement-disorders/advancements-in-utility-of-mri-in-parkinson-disease/article/689850/


10 sinais de alerta da doença de Parkinson

Pode ser difícil dizer se você ou um ente querido tem a doença de Parkinson. A Fundação Nacional de Parkinson dos Estados Unidos listou os 10 sinais mais comuns da condição. Lembre-se que nenhum desses sinais significa que você deve se preocupar, mas sim que você deve marcar uma consulta para falar com seu médico.

Tremor ou agitação
Você notou um ligeiro tremor ou agitação em seu dedo, polegar, mão, queixo ou lábio? A sua perna vibra quando você se senta ou relaxa? Contrair ou agitar os membros é um sinal precoce comum da doença de Parkinson.

O que é normal?

A agitação pode ser normal depois de muito exercício ou se você se machucou. A agitação também pode ser causada por um medicamento que você toma.

Escrita pequena
A sua caligrafia ficou de repente muito menor do que no passado? Você pode notar que a maneira como você escreve as palavras em uma página mudou, os tamanhos de letras são menores e as palavras estão mais juntas. Uma mudança repentina na caligrafia é muitas vezes um sinal da doença de Parkinson.

O que é normal?

Às vezes, a escrita pode mudar à medida que envelhece, se você tiver mãos ou dedos rígidos ou problemas de visão, mas isso acontece ao longo do tempo e não de repente.

Perda de olfato
Você já notou que já não sente bem o cheiro de certos alimentos? Se você notou ter mais problemas para sentir o cheiro de alimentos como bananas, pepinos ou alcaçuz, você deve perguntar ao seu médico sobre a doença de Parkinson.

O que é normal?

Seu olfato pode ser alterado por um resfriado, uma gripe ou um nariz entupido, mas deve voltar ao normal quando que você estiver melhor.

Problemas para dormir
Você se debate na cama ou chuta e soca enquanto está profundamente adormecido? Você notou que começou a cair da cama enquanto dorme? Às vezes o seu cônjuge vai notar ou vai querer mudar para outra cama. Movimentos repentinos durante o sono podem ser um sinal da doença de Parkinson.

O que é normal?

É normal que todos se movimentem a noite enquanto dormem.

Problemas para se mover ou andar
Você sente seu corpo, braços ou pernas rígidas? Às vezes, a rigidez desaparece à medida que você se move. Se não, pode ser um sinal da doença de Parkinson. Você pode notar que seus braços não balançam quando você anda, ou talvez outras pessoas tenham dito que você parece “duro”. Um sinal precoce pode ser rigidez ou dor no ombro ou nos quadris. Os pacientes às vezes dizem que seus pés parecem “presos ao chão”.

O que é normal?

Se você se machucou no braço ou no ombro, talvez não seja capaz de movimentá-lo também até que seja curado, ou outra doença como a artrite pode causar o mesmo sintoma.

Prisão de ventre
Você tem problemas para evacuar sem se esforçar todos os dias? O esforço na evacuação pode ser um sinal precoce da doença de Parkinson e você deve conversar com seu médico.

O que é normal?

Se você não tem água ou fibra suficiente em seu corpo, isso pode causar problemas no intestino. Alguns remédios também causam constipação. Se não houver outro motivo, como dieta ou remédio que possa resultar em problemas nos intestinos, você deve falar com seu médico.

Uma voz suave ou baixa
As outras pessoas disseram que sua voz é muito suave quando você fala em um tom normal ou que parece rouco? Às vezes você pode pensar que outras pessoas estão perdendo sua audição, quando realmente você está falando mais suavemente.

O que é normal?

Um resfriado ou outro vírus podem fazer com que sua voz soe diferente, mas você deve voltar a soar o mesmo quando você supera sua tosse ou resfriado.

Rosto mascarado
Falaram que você tem um olhar sério, deprimido ou bravo com mais frequência, mesmo quando você não está de mau humor? Esta aparência séria é chamada de mascarar. Além disso, se você ou outras pessoas percebem que você tem um olhar em branco ou não pisca seus olhos com muita frequência, você deve perguntar ao seu médico sobre a doença de Parkinson.

O que é normal?

Alguns medicamentos podem fazer com que você tenha o mesmo tipo de olhar sério, mas você voltaria ao normal depois de parar a medicação.

Tonturas ou Desmaios
Você percebe que muitas vezes sente tonturas quando se levanta de uma cadeira? Sentir-se tonto ou desmaiar podem ser sinais de pressão arterial baixa e pode estar ligado à doença de Parkinson.

O que é normal?

Todo mundo alguma vez se levantou e sentiu tonturas, mas se isso acontecer regularmente você deve consultar o seu médico.

Andar curvado
Você não está de pé tão reto quanto costumava? Se você, sua família ou amigos percebem que você parece estar curvando-se, inclinando-se ou espreitando-se quando você está parado, pode ser um sinal da doença de Parkinson.

O que é normal?

Se você sofre de uma lesão ou se está doente, isso pode fazer com que você fique curvado. Além disso, um problema com seus ossos pode fazer você inclinar-se.

O que fazer agora?
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Fonte: http://www.parkinson.org/understanding-parkinsons/10-early-warning-signs


Parkinson e Câncer: existe alguma relação?

No Dia Nacional de Combate ao Câncer (27 de novembro) deve ser ressaltada a notícia de que a doença de Parkinson não é ligada à absoluta maioria dos tipos de câncer, inclusive com redução do risco de alguns tipos, especialmente os ligados a exposição ao tabaco. (Moller, 1995)

Parkinson e Melanoma
Há evidência, no entanto, de que um tipo específico de câncer tem sua incidência aumentada nos indivíduos com doença de Parkinson: o melanoma. Este é o tipo mais agressivo de câncer de pele, com alto índice de mortalidade quando descoberto em fase avançada. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura.

Um trabalho publicado na revista Neurology em 2011 pelo autor Rui Liu e colaboradores revisou estudos publicados de 1965 até 2010 e encontrou um aumento em cerca de duas vezes de portadores de doença de Parkinson desenvolverem melanoma em comparação à população em geral, seja antes ou depois do diagnóstico da DP.

Segundo os autores, alguns estudos anteriores sugeriam que o uso de levodopa poderia estimular a produção de melanina e seria a causa, mas esta informação tem sido refutada por estudos mais recentes. O tempo de início do melanoma até sua manifestação clínica pode variar de cerca de 10 até mais de 40 anos, de forma que alguns meses ou anos de exposição a levodopa não justificariam a doença. Além disto, há casos de melanoma diagnosticados antes da doença de Parkinson e em pacientes não tratados com levodopa.

Atualmente, a principal hipótese para esta associação, não se baseia em medicação e sim em fatores biológicos que levariam tanto ao Parkinson quanto ao melanoma. São apenas ligações estatísticas ainda sem explicação definida, como o aumento do risco de Parkinson (2:1) em pacientes com história familiar de melanoma; a presença de alfa-sinucleina em lesões de pele melanocíticas benignas e malignas, mas não em outros tumores de pele nem em pele normal; a origem embriológica semelhante de células produtoras de melanina e neurônios na chamada crista neural; o fato da levodopa servir como substrato para a síntese tanto de melanina quanto dopamina; a redução do risco de fumantes desenvolverem doença de Parkinson e também melanoma, entre outras explicações mais complexas cientificamente que envolvem vias bioquímicas e características genéticas.

Este é mais um dentre vários temas ainda não esclarecidos pela ciência sobre a causa das doenças tanto de Parkinson quanto o melanoma, que são doenças consideradas raras especialmente quando se buscam casos das duas ocorrendo no mesmo paciente.

No ano de 2017, outro trabalho, desta vez coordenado pelo autor Dalvin, avaliou casos atendidos desde 1976 até 2013. O estudo encontrou dados semelhantes, mas ainda mais significativos, com aumento 4.2 vezes de desenvolver Parkinson em pacientes com melanoma e cerca de 3.8 vezes aumento de ter melanoma em portadores de doença de Parkinson.

Busque ajuda
Considerando a importância do diagnóstico precoce na medicina, em especial no Dia Nacional de Combate ao Câncer, vale a pena acompanhar as manchas na pele, principalmente aquelas com assimetria, diferenças de cores na própria mancha, bordas irregulares, diâmetro maior que 6mm e mudanças na lesão ao longo do tempo (as chamadas características ABCDE).

De qualquer forma, em caso de dúvidas com manchas de pele, com ou sem Parkinson, avise seu neurologista ou procure seu dermatologista. Diagnóstico precoce salva vidas.

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Apoio:
Dra. Rachael Brant Machado Rodrigues
Neurologista – CRM/SP 143390
RQE 15660 / RQE 22130
*As opiniões expressadas pelos médicos, pesquisadores e especialistas não representam, necessariamente, as opiniões do Parkinson e Eu e da Medtronic. Trate com o seu médico a sua informação para diagnóstico e tratamento. Apenas o seu médico pode determinar qual terapia é ideal para você.


A próxima pesquisa do Parkinson será realizada no espaço

No dia 14 de agosto de 2017, a NASA lançou o foguete Falcon 9 da empresa SpaceX, levando a bordo todos os tipos de suplementos para a Estação Espacial Internacional. Na bagagem há uma amostra da proteína LRRK2, que será usada especialmente para o estudo das contribuições genéticas da mesma na doença de Parkinson.

Sobre o estudo
O estudo é realizado graças a uma aliança entre a Fundação Michael J. Fox para pesquisa de Parkinson e o Centro de Ciências Espaciais Avançadas (CASIS, por sua sigla em inglês). Os pesquisadores acreditam que incapacitando o crescimento da proteína LRRK2 pode-se prevenir ou reduzir o desenvolvimento da doença em alguns pacientes. Do mesmo modo, ao obter mais informações sobre a proteína, pode-se desenvolver novos medicamentos e tratamentos para a doença.

Em um espaço com menos gravidade, como a Estação Espacial Internacional, a proteína pode crescer muito mais, dizem os pesquisadores. Isso permitirá que eles a observem com melhor resolução e assim a compreendam com maior precisão em um aspecto tridimensional. Isso proporcionará informações cruciais no desenvolvimento da pesquisa sobre a doença e seus tratamentos.

Em uma declaração, a Fundação Michael J. Fox anunciou que eles estão muito entusiasmados com a possibilidade de explorar novas formas de entender a doença. É a primeira vez que este tipo de experimento é realizado e ainda há um longo caminho a percorrer para entender melhor a doença de Parkinson.

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Fonte: https://www.michaeljfox.org/foundation/news-detail.php?parkinson-protein-blasting-off-to-space


Estudantes da UFMG desenvolvem aplicativo que rastreia tremores

Um grupo de estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está desenvolvendo um aplicativo para smartphones e relógios inteligentes que prometem ser um auxílio para o tratamento da doença de Parkinson.

De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, o aplicativo monitora os tremores e os batimentos cardíacos, regula as tomadas de medicamentos e informa os familiares sobre o estado do paciente. É uma ferramenta para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

O aplicativo ainda está em desenvolvimento e são necessários mais estudos para que seja disponibilizado.

Vencedores em uma competição
Os estudantes participaram da competição Ultrahack 2017 Sprint II, em Helsínque, na Finlândia, um dos mais importantes eventos de inovação da Europa, que reúne estudantes do mundo todo para competir em diferentes maratonas de programação.

Eles venceram o Health Hack, cujo objetivo foi o desenvolvimento de soluções para auxiliar pacientes com doença de Parkinson por meio de estratégias de gamificação (uso de mecânicas e dinâmicas de jogos para engajar pessoas, resolver problemas e melhorar o aprendizado).

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Fonte: https://ufmg.br/comunicacao/publicacoes/boletim/edicao/supercondutividade-fotonica/acontece-69
http://www.otempo.com.br/interessa/sa%C3%BAde-e-ci%C3%AAncia/aplicativo-promete-ajudar-pacientes-com-doen%C3%A7a-de-parkinson-1.1554652