Tratamento com DBS
Pacientes com Parkinson têm dificuldade em realizar atividades diárias simples: trabalhar, fazer compras, viajar de carro ou ir ao cinema, por conta dos sintomas motores da doença. Além disso, há também os sintomas não motores, como depressão e problemas no sono. O Parkinson é uma doença neurodegenerativa que leva a mudanças progressivas nos movimentos e rigidez, entre outros sintomas.
Até muito recentemente, os pacientes só podiam ser tratados por alguns medicamentos, que podem causar efeitos adversos e, eventualmente, perdem a sua eficácia. Hoje em dia, é possível adotar um tratamento moderno da estimulação do nervo por meio de eletrodos implantados no cérebro, que podem reduzir significativamente os movimentos anormais.
Alguns medicamentos, tais como a Levodopa, estimulam a produção de neurônios dopaminérgicos docérebro e por isso contrariam a sintomas motores causados pela falta deste neurotransmissor. No entanto, após 4 ou 5 anos de terapia com fármacos, certos efeitos adversos e outros sintomas obrigam a suspensão dos medicamentos anti-parkinsonianos. É nestes momento que a neuroestimulação cerebral profunda (DBS, por sua sigla em inglês) é indicada.
A DBS é um procedimento aprovado para os pacientes diagnosticados com Parkinson há pelo menos 4 anos e que tenham reagido positivamente a Levodopa no passado. Essa terapia consta, basicamente, do implante cirúrgico de eletrodos em áreas específicas do cérebro para estimular a liberação de dopamina. Cada eletrodo é introduzido por neurocirurgia através de um pequeno orifício de 6 mm, e os pacientes são sedados mas não adormecidos. Durante o procedimento os eletrodos estão ligados, por um cateter fino, a um dispositivo elétrico semelhante a um marca-passo, que é colocado perto da clavícula do paciente.
Este dispositivo, que emite impulsos elétricos,é programado externamente pelo médico e pode ser manipulado pelo próprio paciente,seguindo os parâmetros definidos pelo especialista, de modo a emitir uma descarga elétrica no momento em que é necessário liberar dopamina para modular o movimento.
As pesquisasmostramque neuroestimulação cerebral profunda reduz significativamente tremores e permite retomar as atividades sociais e de trabalho, reduzindo a necessidade de medicação. O tratamento não é só capaz de melhorar os sintomas motores da doença de Parkinson, mas também os não motores, como dor, olfato e sono.
Se você já foi diagnositicado com a condição e faz o uso de outras formas de tratamento que não fazem mais efeito, converse com o seu médico para saber se a DBSé uma opção para o seu caso em específico. Sua qualidade de vida pode sim ser ainda melhor.
Estágios do Parkinson
Assim como outras doenças progressivas, o Parkinson é categorizado em diferentes estágios. Cada um deles explica o desenvolvimento da doença e os sintomas que um paciente está enfrentando. O sistema de estadiamento mais utilizado é o sistema Hoehn e Yahr, que concentra quase que exclusivamente nos sintomas motores.
É importante lembrar que cada pessoa é única, por isso a doença de Parkinson pode apresentar diferenças de sintomas e estágios em cada paciente. O tempo gasto em cada estágio varia, e o salto das etapas, do estágio um para o estágio três, por exemplo, não é incomum.
Estágio 1
No primeiro estágio os sintomas são leves e afetam apenas um lado do corpo, como tremores em um membro. Alguns pacientes não chegam a diagnosticar a doença nessa fase, pois ainda é controlável. Amigos e familiares geralmente podem detectar outros sintomas, como alterações na postura, perda de equilíbrio e as expressões faciais anormais.
Estágio 2
Já na segunda fase da Doença de Parkinson, os sintomas passam a ser bilaterais; ou seja, começam a afetar ambos os lados do corpo. O próprio paciente passa a notar a dificuldade em caminhar ou manter o equilíbrio, e a dificuldade de realizar tarefas diárias é mais evidente.
Nesse momento, caso já diagnosticado por um médico, o paciente pode começar a tomar medicação, que ativa os receptores de dopamina e faz com que os neurotransmissores se movam com mais facilidade.
Estágio 3
Os três principais sintomas do Parkinson – tremores, bradiscinesia, rigidez – são mais severos, mas o paciente ainda consegue realizar algumas atividades. Essa é a fase moderada da doença e a qualidade de vida começa a ser mais afetada. No entanto, a maioria dos pacientes nesta fase ainda são capazes de manter a independência e precisam de pouca assistência externa.
Alguns pacientes começam a notar que nesse estágio a medicação já está gerando muitos efeitos colaterais e não fazendo mais efeito como antes. Nesse momento pode ser que tenha sido aberta a janela da oportunidade para a terapia de Estimulação Cerebral Profunda (DBS), que depende de alguns fatores e precisa ser avaliada por um especialista.
Estágio 4
No estágio avançado, a quarta fase da doença, os sintomas são graves e incapacitantes, e maioria das pessoas precisam de assistência para realizar suas atividades. Os sintomas motores, como a rigidez e a bradicinesia, são visíveis e difíceis de superar.
Estágio 5
No último estágio da doença de Parkinson, os sintomas são os mais graves e a pessoa geralmente não consegue cuidar de si mesma, o que exige cuidados constantes de um cuidador ou familiar. A qualidade de vida diminui rapidamente e não é mais possível realizar movimentos físicos sem ajuda.
Além dos sintomas motores avançados, os sintomas não-motores também aumentam, como problemas de fala e memória ou demência. Neste ponto, os tratamentos e medicamentos oferecem pouco ou nenhum alívio.
Se você ou um ente querido estão no início ou nos estágios posteriores da doença de Parkinson, lembrem-se que ela não é fatal. Com um tratamento adequado, os pacientes com Parkinson podem viver tanto quanto aqueles sem a doença. Por isso, não deixe de buscar um médico o quanto antes e de sempre compartilhar com ele tudo o que está sentindo.
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Fonte:
http://www.webmd.com/parkinsons-disease/guide/parkinsons-stages
http://www.healthline.com/health/parkinsons/stages-of-parkinsons
Mitos e Verdades sobre a doença de Parkinson
Em torno de 6,3 milhões de pessoas no mundo apresentam a doença de Parkinson. A falta de conhecimento é um dos principais fatores para dúvidas, preconceitos e rumores. Por isso temos uma pergunta para você leitor: você sabe identificar e explicar o que é mito ou verdade?
Convidamos três Neurologistas especializados em Distúrbios de Movimento para esclarecer as principais afirmações relacionadas com o Parkinson. Confira abaixo!
A doença de Parkinson é diagnóstico de sala de espera.
Mito. “A doença de Parkinson é um diagnóstico feito com o tempo, evolução do paciente e resposta à medicação padrão-ouro (levodopa), pois muitas doenças podem parecer com o Parkinson nos primeiros meses ou anos. Na verdade, podemos falar de parkinsonismo (a síndrome de lentidão, rigidez e tremor de repouso) quando vemos um paciente na sala da espera, mas não de doença de Parkinson”, explica Dr. Flávio Sallem.
Não há cura para doença de Parkinson.
Verdade. “Infelizmente ainda não há cura, entretanto, há várias opções de tratamento que aliviam os sintomas e permitem uma melhor qualidade de vida. Além disso, quando o paciente não responde bem ao tratamento medicamentoso e evolui com flutuações motoras há possibilidade do tratamento cirúrgico com eletrodo de estimulação profunda”, esclarece Dra. Lorena Broseghini.
A doença de Parkinson aumenta a chance de quedas precoces.
Mito. “A doença de Parkinson pode levar a quedas após mais de 5 a 7 anos de doença. Quedas precoces associadas a uma síndrome parkinsoniana de início recente devem chamar a atenção a outras doenças, principalmente os parkinsonismos atípicos, como a Paralisia Supranuclear Progressiva”, ensina Dr. Flávio Sallem.
Quanto mais cedo se inicia o tratamento melhor.
Verdade. “O tratamento precoce minimiza os impactos dos sintomas e pode funcionar como fator neuroprotetor na evolução da doença”, explica Dra. Lorena Broseghini.
A doença de Parkinson é doença de pessoas idosas.
Mito. “Há muitos pacientes que apresentam os sintomas da doença antes dos 50 anos, ou mesmo antes dos 30 anos, e esse número, talvez pela melhora do diagnóstico, esteja aumentando”, esclarece Dr. Flávio Sallem. “A maioria das pessoas é diagnosticada por volta de 60 anos, mas existem as formas precoces com início antes dos 40 anos de idade”, esclarece Dra. Lorena Broseghini.
A doença é degenerativa.
Verdade. “Sim, com o passar do tempo a doença progride afetando as funções motoras e não-motoras do paciente. Porém, cada forma da doença tem uma evolução, não sendo possível determinar com antecedência como a doença vai avançar”, afirma Dra. Lorena Broseghini.
Se meu pai ou minha mãe tem a doença de Parkinson, eu também terei.
Mito. “Não é bem assim. Há múltiplas causas para a doença e mais recentemente estamos conhecendo melhor as causas genéticas. Geralmente ocorrem em pacientes mais jovens e, mesmo nesses casos, não são todos de transmissão direta (dominante). Portanto, na maior parte dos casos, o risco do filho de um doente de Parkinson na sua forma típica é praticamente igual ao da população normal”, explica Dr. Felipe Saba.
A doença não afeta apenas o sistema motor.
Verdade. “Sim, a doença de Parkinson apresenta sintomas não-motores, como alterações do comportamento, cognição, autonomia, sono e olfato”, diz Dra. Lorena Broseghini.
Há medicações que conseguem impedir ou retardar a evolução da doença de Parkinson.
Mito. “Infelizmente não há medicações que consigam retardar ou impedir a evolução da doença”, diz Dr. Flávio Sallem.
A doença de Parkinson sempre responde à levodopa.
Verdade. “A doença de Parkinson é a única doença que se manifesta com lentidão, rigidez, tremor de repouso e/ou quedas por instabilidade postural, e responde sempre à levodopa, apesar da resposta poder ficar menos dramática com o avançar da doença”, explica Dr. Flávio Sallem.
Tremor é igual a Parkinson
Mito. “A maioria dos pacientes com tremor evidente não é portador de Parkinson. Temos outros achados para dar esse diagnóstico. E quando associado ao tremor típico, é doença geralmente com boa resposta ao tratamento”, esclarece Dr. Felipe Saba.
Quem tem doença de Parkinson tem mais chance de ter demência.
Verdade. “Não é esperado nas fases iniciais. Pode haver um comprometimento da memória em fases mais tardias”, explica Dr. Felipe Saba. “Prejuízo da cognição ou demência franca, definida como a perda ou alteração cognitiva persistente e progressiva que interfere na qualidade de vida do paciente, é mais frequente em pacientes com doença de Parkinson do que na população geral, e ocorre em cerca de 40% dos portadores da condição a partir dos 10 anos de doença”, complementa Dr. Flávio Sallem.
O tratamento cirúrgico é indicado para as fases tardias da doença de Parkinson.
Mito. “Não, o tratamento cirúrgico, quando bem indicado pelo neurologista especialista em distúrbios do movimento, pode trazer benefícios na melhora dos sintomas parkinsonianos a partir de 5 anos do início da doença”, explica Dra. Lorena Broseghini.
A fisioterapia é essencial para o tratamento da doença de Parkinson.
Verdade. “A fisioterapia, especialmente destinada ao equilíbrio e marcha, é essencial para a manutenção da qualidade de vida e diminuição das quedas em pacientes com doença de Parkinson, e deve ser iniciada o quanto antes”, diz Dr. Flávio Sallem.
O paciente não pode praticar atividade física.
Mito. “Exercícios físicos são recomendados para o tratamento da doença de Parkinson. O neurologista é a pessoa indicada para avaliar cada quadro clínico e oferecer orientações sobre a melhor atividade”, esclarece Dra. Lorena Broseghini.
Diagnóstico de Parkinson é o fim.
Mito. “Nada disso!! Apesar do peso, trata-se de uma doença com bom controle. Temos tanto terapias medicamentosas quanto cirúrgica. Não há razão para desespero”, Dr. Felipe Saba.
Há formas genéticas da doença de Parkinson.
Verdade. “Há mais de 20 mutações genéticas causadoras da doença de Parkinson descritas, as famosas formas PARK, mas sua prevalência é pequena (menos de 10% dos quadros de doença de Parkinson são genéticos)”, esclarece Dr. Flávio Sallem.
O tremor é um sintoma exclusivo da doença de Parkinson.
Mito. “Não, existem outras doenças neurológicas que podem provocar vários tipos de tremor”, explica Dra. Lorena Broseghini.
A cirurgia melhora a qualidade de vida do paciente.
Verdade. “Para pacientes com mais de 5 anos de doença e diagnóstico confirmado de doença de Parkinson, especialmente quando há flutuações motoras (perda de resposta à medicação ao longo do dia ou movimentos involuntários causados pela levodopa) e incapacidade, resposta medicamentosa insatisfatória ou uso de múltiplas medicações, a cirurgia, tal como a colocação dos eletrodos de Estimulação Cerebral Profunda (DBS), leva a grande melhora da qualidade de vida, desde que seja realizada por neurocirurgião com experiência na área e sejam seguidos todos os protocolos”, responde Dr. Flávio Sallem.
Parkinsonismo é igual a doença de Parkinson
Mito. “Parkinsonismo é um grupo maior e mais amplo de doenças. Entre elas a doença de Parkinson. Esse grupo é muito heterogêneo, com diferentes formas de acometimento e, consequentemente, de resposta às terapias”, explica Dr. Felipe Saba.
É importante cuidar da alimentação.
Verdade. “Uma dieta balanceada e com nutrientes e vitaminas corretas pode ajudar a aliviar alguns sintomas, como a perda de peso, constipação e fadiga”, afirma Dra. Lorena Broseghini.
A pessoa com doença de Parkinson não consegue trabalhar.
Mito. “A doença se manifesta de formas variadas em diferentes pacientes. Dependendo da resposta ao tratamento há a possibilidade de o paciente realizar atividades no trabalho”, diz Dra. Lorena Broseghini.
Apoio dos médicos:
Dr Flávio Sekeff Sallem, MD, PhD, Neurologista.
Dr. Felipe Saba, Neurologista.
Dra. Lorena Broseghini Barcelos, Neurologista.
*As opiniões expressadas pelos médicos, pesquisadores e especialistas não representam, necessariamente, as opiniões do Parkinson e Eu e da Medtronic. Trate com o seu médico a sua informação para diagnóstico e tratamento. Apenas o seu médico pode determinar qual terapia é ideal para você.
IX Congresso das Associações Parkinson do Brasil
Fazendo a diferença da vida das pessoas
Convidamos você para participar do IX Congresso das Associações Parkinson do Brasil, realizado pela Associação Campinas Parkinson, que acontece nos dias 25, 26 e 27 de outubro.
O evento tem como objetivo divulgar nacionalmente a doença de Parkinson, atualizar os participantes sobre os métodos e tratamentos, promover a socialização do parkinsoniano e realizar o congraçamento das Associações de Parkinson do Brasil. Confira abaixo todas as informações importantes e não deixe de participar!
PÚBLICO ALVO
Pessoas com Parkinson, familiares e/ou cuidadores, profissionais da área da saúde (médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas e acadêmicos de medicina).
FAÇA SUA INSCRIÇÃO NO SITE
http://www.parkinsoncampinas.org.br/congresso/
TAXA DE INSCRIÇÃO
R$ 50,00 para Parkinsonianos, cuidadores e/ou acompanhantes e estudantes (apresentar RA).
R$ 100,00 para profissionais da saúde e demais interessados em participar.
PROGRAMAÇÃO
Na programação disponível no site você pode conferir os horários de cada palestra e atividades: http://www.parkinsoncampinas.org.br/congresso/#schedule
INFORMAÇÕES
2L Eventos (Organizadora)
(19) 4042-0920 / (19) 98424-4881
ACP (Realizadora)
(19) 99792-6233 / (19) 98175-8669
LOCAL
CDC – Centro de Convenções da UNICAMP
Universidade Estadual de Campinas
Rua Elis Regina, 131 – Cidade Universitária
“Zeferino Vaz” | Campinas, SP – CEP 13083-854
#JuntosSomosMelhores e podemos fazer a diferença na vida dos pacientes!
Quem é candidato para a Estimulação Cerebral Profunda?
Estudos mostram que a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) reduz significativamente os tremores e permite retomar as atividades sociais e de trabalho, reduzindo a necessidade de medicação. Além de melhorar os sintomas motores do Parkinson, também pode ajudar na melhora da dor, da capacidade olfativa e do sono dos pacientes.
Entretanto, nem todos os pacientes com Parkinson são aptos para o tratamento de DBS. A possibilidade deve ser discutida com um médico e com um especialista em DBS. Uma avaliação cognitiva avalia a capacidade do paciente de participar com precisão e ativamente na implantação cirúrgica do estimulador e no processo pós-operatório de programação do estimulador.
Responder a algumas perguntas pode ajudar a avaliar se você pode ou não ser um candidato:
Você tem a doença de Parkinson há pelo menos 4 anos?
Você tem sintomas que são problemáticos e interferem com suas atividades diárias?
Você toma medicamentos dopaminérgicos em um dia típico?
Você percebe uma melhora em seus sintomas quando toma sua medicação?
Se você respondeu “sim” a algumas das perguntas acima, você pode discutir a terapia de DBS como uma opção com o seu médico. Lembre-se que somente um neurologista ou neurocirurgião pode determinar se a DBS é ideal para você.
DBS no tratamento de outros distúrbios de movimento
Além da doença de Parkinson, a Estimulação Cerebral Profunda também é utilizada em pacientes com outras condições, como o tremor essencial e distonia.
Na maioria dos casos, o tremor essencial é leve o suficiente para ser efetivamente tratado com medicação. Mas, em alguns casos, o tremor é tão grave que pode ser incapacitante, limitando tarefas cotidianas como vestir, barbear, comer ou beber. Quando o tremor essencial é grave, a DBS torna-se uma opção. Como o tremor é o único sintoma no tremor essencial – ao contrário da doença de Parkinson – a DBS pode ajudar um paciente a melhorar a qualidade de vida.
A distonia – um transtorno do movimento relativamente incomum, mas incapacitante – é caracterizada por posturas anormais e movimentos de torção. Uma série de estudos demonstraram que a DBS é uma opção quando a medicação falhar.
Aprenda mais:
Se você deseja encontrar um neurologista especializado na sua região, preencha o nosso formulário para entrarmos em contato com você: http://parkinsoneeu.com/recupere-sua-vida/.
E continue aprendendo mais sobre o Parkinson aqui no nosso blog, na nossa página do Facebook e no nosso canal no YouTube.
Fontes: http://www.hopkinsmedicine.org/neurology_neurosurgery/centers_clinics/deep_brain_stimulation/about_dbs/dbs_candidate.html
http://www.epda.eu.com/living-well/therapies/surgical-treatments/deep-brain-stimulation-dbs/
Trinta anos de Estimulação Cerebral Profunda
O ano era 1987 e o primeiro implante de Estimulação Cerebral Profunda (DBS) era realizado na França, em uma paciente com Distonia. Para celebrar os 30 anos da terapia, os neurologistas Rubens Gisbert Cury, Valerie Fraix e Elena Moro publicaram um artigo sobre a trajetória e evolução do tratamento, na Parkinsonism and Related Disorders, uma das revistas mais populares no campo dos distúrbios de movimento.
A publicação explica que alguns meses depois do implante na paciente com Distonia, aconteceu também na França o implante de DBS em uma paciente com a doença de Parkinson, que ainda está viva e se beneficiando da terapia.
“O ano de 1987 iniciou uma nova era no tratamento de distúrbios de movimento. A ideia de usar eletrodos para estimular o cérebro não era nova. A estimulação como ferramenta para a exploração de áreas cerebrais antes da ablação foi proposta após a introdução da cirurgia estereotáxica humana no início da década de 1950”, explicam os especialistas.
A história mostra que a DBS revolucionou o tratamento dos distúrbios do movimento, mas a divulgação desta informação ainda está abaixo do ideal. O crescimento exponencial da DBS em todo o mundo não foi homogêneo nestes 30 anos, já que a terapia e os centros de pesquisa participantes foram restritos a um número limitado de países.
Até à data, cerca de 150 mil pacientes em todo o mundo foram tratados com DBS para distúrbios de movimentos incapacitantes. Devido a cooperação e trabalho em equipe de neurologistas e neurocirurgiões, o uso da terapia vem crescendo e, com o avanço tecnológico, cada vez mais doenças são tratadas com DBS. “Novas técnicas de estimulação, como o uso de eletrodos direcionais para controlar a direção da corrente através do cérebro e conduzir múltiplos contatos também estão disponíveis”.
Fale com seu médico sobre a terapia
Quando você estiver pronto para iniciar uma conversa sobre a DBS, procure um neurologista especializado em distúrbios de movimento. Um especialista nessa área tem conhecimentos aprofundados em todas as doenças que afetam os movimentos.
Se você quiser ajuda para encontrar um neurologista especializado na sua região, preencha o nosso formulário para entrarmos em contato com você: http://parkinsoneeu.com/recupere-sua-vida/. Continue aprendendo mais sobre o Parkinson aqui no nosso blog, na nossa página do Facebook e no nosso canal no YouTube.
Leia o artigo completo, em Inglês: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1353802017304303.
Fonte: R.G. Cury, et al., Celebrating thirty years of deep brain stimulation in movement disorders patients: A successful marriage between neurologists and neurosurgeons, Parkinsonism and Related Disorders (2017).
*As opiniões expressadas pelos médicos, pesquisadores e especialistas não representam, necessariamente, as opiniões do Parkinson e Eu e da Medtronic. Trate com o seu médico a sua informação para diagnóstico e tratamento. Apenas o seu médico pode determinar qual terapia é ideal para você.
Tratamento com DBS para Tremor Essencial
O tremor essencial pode ter um grande impacto na vida e nas atividades diárias. Os sintomas podem progredir e tornar difícil as atividades rotineiras, como trabalhar, cuidar de si mesmo e fazer o que gosta.
O tratamento geralmente é iniciado com medicamentos, porém, em muitos pacientes, o tratamento medicamentoso não é eficaz e pode causar efeitos colaterais, como sonolência, tontura ou dificuldade de raciocínio.
Tratamento com Estimulação Cerebral Profunda (DBS)
Há pelo menos 30 anos, a terapia de Estimulação Cerebral Profunda vem sendo aprimorada tecnologicamente para que possa ser utilizada em diversas indicações. Hoje é usada no tratamento de distúrbios de movimento, como o tremor essencial, Parkinson e distonia.
Um pequeno neuroestimulador, semelhante a um marca-passo cardíaco, é colocado cirurgicamente sob a região do tórax ou abdômen. Esse dispositivo envia sinais elétricos, por meio de extensões, até os eletrodos previamente posicionados em uma região específica do cérebro que controla os movimentos. Esses sinais elétricos “bloqueiam” algumas das mensagens cerebrais que causam os sintomas associados ao tremor.
Como a DBS pode ajudar?
A terapia é indicada para o tratamento do tremor que afeta a região superior do corpo, como braços e mãos. A estimulação ajuda a controlar os tremores que ocorrem quando a pessoa se move ou quando está parada. O controle adequado dos sintomas ajuda os pacientes à retomarem atividades importantes, como trabalhar e cuidar da família. Além disso, permite recuperar o convívio social, participar de reuniões entre amigos, festas, casamentos, entre outros.
Qual o melhor momento para a terapia DBS?
A terapia pode ser considerada para o tratamento de tremor essencial quando o medicamento não for mais eficaz e os sintomas começarem a impedir a realização de atividades diárias.
Quando o tremor começa a impedir que o paciente realize tarefas costumeiras, ele se torna um tremor incapacitante. Dessa forma, é muito importante que cada paciente analise como o sintoma está afetando o seu dia a dia. Pergunte a si mesmo:
• Os seus dias tem se tornado mais difíceis do que anteriormente?
• O que você não consegue mais fazer por causa do tremor?
• Você evita certas situações, devido ao tremor?
• Você se preocupa em perder a capacidade de realizar suas tarefas sozinho e depender de outras pessoas?
• Você tem estado em casa por mais tempo do que gostaria?
• A sua família está sendo afetada?
Fale com seu médico sobre a terapia
Quando você estiver pronto para iniciar uma conversa sobre a DBS, procure um neurologista especializado em distúrbios de movimento. Um especialista nessa área tem conhecimentos aprofundados em todas as doenças que afetam os movimentos.
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O futuro da Estimulação Cerebral Profunda – Dr. Alfonso Fasano
Entrevista com Dr. Alfonso Fasano, MD, PhD*
O seguinte texto foi parafraseado de uma entrevista com o Dr. Alfonso Fasano em 12 de dezembro de 2017. Nesta entrevista, o médico fala sobre o progresso dos tratamentos para o Parkinson e o que tem sido feito em termos de pesquisa para o futuro.
Há muita expectativa em torno das interfaces de máquinas cerebrais. O quão realista é esta expectativa, ao ponto de podermos ter uma ligação direta entre nossos cérebros e nossas máquinas?
”Eu acho que é muito realista, a principal questão é o prazo. Muitas dessas interfaces já estão em vigor. Um exemplo é a estimulação do nervo peroneal, que é a estimulação de um nervo que mantém o pé alto e é usado para pessoas com AVC ou com fraqueza no membro inferior. A parte interessante deste dispositivo é que ele só ativa o nervo quando necessário. A estimulação cerebral profunda (DBS) para distúrbios do movimento é outro exemplo e, em breve, teremos DBS adaptativo que estará mais próximo de uma verdadeira interface de máquina cerebral.
Os neurônios são muito sensíveis aos campos elétricos e todas essas máquinas usam eletricidade para afetar os neurônios. O que torna a aplicação difícil é que ainda não entendemos muito bem a fisiologia do sistema nervoso central.
No entanto, a resposta curta à sua pergunta é sim, acho que é algo que acontecerá nos próximos 10 anos.”
Será que a interface ideal de máquinas cerebrais será invasiva?
”Sim, embora existam formas não-invasivas de estimular o sistema nervoso. Os exemplos comuns são a estimulação magnética transcraniana e a estimulação transcraniana de corrente direta. Há também uma nova maneira, usando campos elétricos pulsados que podem focar em campos elétricos para estimular estruturas cerebrais profundas sem abrir nada.
Outro exemplo usa ultrassonografia focada, que normalmente é usada para causar lesões no cérebro, no entanto, se você a usar em menor intensidade, você também pode alterar a excitabilidade dos neurônios. Mas todos eles têm problemas porque precisam ser permanentemente anexados à pessoa e estarem sempre ligados para realmente trabalharem.
As pessoas não querem algo que seja visível do lado de fora. As empresas estão desenvolvendo alguns estimuladores minimamente invasivos para DBS que provavelmente serão usados em futuras interfaces de máquinas cerebrais.”
Ainda não entendemos exatamente como funciona a DBS, o que falta em nossa compreensão?
”Na medicina muitas vezes usamos coisas que funcionam mesmo que não saibamos como. O maior equívoco sobre a DBS é referenciá-la como um estimulador, quando na realidade ela é um inibidor de circuitos. O cérebro é uma máquina muito complexa com circuitos excitatórios (fornecendo ativação) e inibitórios (fornecendo inativação). Muitas doenças resultam de um ou mais desses circuitos não serem devidamente controlados e geralmente são sobre ativos. Então tratamos esses problemas inibindo sua atividade.
Por exemplo, na doença de Parkinson, é bem sabido que, devido à falta de dopamina, há aumento da atividade de duas partes do cérebro chamada subtálamo e globus pallidus. Portanto, para tratar a doença, precisamos reduzir a atividade dessas regiões. No passado, os cirurgiões apenas destruíram partes deles fazendo lesões, que foram descobertos por coincidência. Mas isso causou alguns efeitos colaterais permanentes. Então eles usaram eletrodos que podem ouvir e gravar neurônios enquanto eles estavam disparando. Em algum momento, eles começaram a estimular aqueles neurônios usando esses eletrodos e notaram que a estimulação imitava o efeito das lesões. Então as pessoas o ligaram a marca-passos e baterias para obter um fluxo constante e descobriram que ao fazê-lo poderiam tratar esses problemas. Acreditamos que inibe o circuito, bloqueando os sinais que então confundiam os neurônios e depois deixaram de fazer seu trabalho.
No entanto, é uma ferramenta imperfeita. A maioria das pessoas com DBS vê melhorias nos sintomas, mas muitas vezes perdem outras habilidades motoras. Por exemplo, músicos com DP que recebem DBS geralmente apresentam uma melhora nos sintomas de Parkinson, mas eles perdem algumas das habilidades motoras finas que lhes permitiam tocar seus instrumentos.”
Você pode explicar a próxima geração de DBS que está em desenvolvimento, o chamado DBS adaptável?
”Eu deveria começar dizendo que os marca-passos para o coração começaram na década de 1950 e só demorou 12 anos para passar de um marca-passos contínuo para um adaptável. Isso ocorreu porque o EKG nos deu um bom biomarcador que nos permitiu gerar essa estimulação sob demanda.
A DBS para distúrbios do movimento começou em 1987, mas ainda não mudamos para a DBS adaptativa, principalmente porque o cérebro é mais complicado que o coração e não tivemos um biomarcador que nos permita construir um sistema adaptativo. Mas recentemente descobrimos que os neurônios profundos no cérebro começam a oscilar com uma determinada frequência que chamamos de banda Beta, que se correlaciona com o tempo Off do Parkinson. Isso nos permitiu iniciar o desenvolvimento de máquinas que podem ser ativadas ou desativadas por essas bandas Beta. Isso teria sido impossível no passado por causa de todo o ruído criado pela estimulação, mas agora também temos filtros que podem bloquear esse ruído. Isso parece nos dar melhores resultados com menos efeitos negativos. Ainda há algumas incógnitas, mas vamos começar uma prova cega randomizada para isso em alguns meses.”
Esta versão da DBS será aplicada a sintomas não-motores ou outras doenças?
”Sim, primeiro, simplesmente porque alguns dos chamados sintomas não-motores são realmente apenas efeitos de problemas motores. Por exemplo, muitos problemas de sono são apenas o resultado de não poder mover-se adequadamente durante a noite, quando a medicação desgastou.
A DBS nos dá uma abordagem muito mais direcionada para o tratamento do que medicamentos que tendem a inundar todo o cérebro com drogas. Portanto, é muito útil para doenças que são apenas o resultado de danos a uma parte do cérebro. Mas as áreas cerebrais muitas vezes se sobrepõem, o que pode complicar as coisas. Além disso, ainda não sabemos como estimular adequadamente os circuitos degenerados, então, muitas vezes, obtemos resultados que não podemos prever. Um exemplo interessante foi um caso de obesidade, onde ao atingir a região do cérebro responsável pelo apetite neste paciente, os pesquisadores também desencadearam a lembrança de memórias que ele havia esquecido completamente de sua vida jovem. Isso levou as pessoas a usar a DBS para outros problemas de memória, mas foi difícil replicar os mesmos resultados.
Mas há evidências crescentes de que também podemos usar a DBS para transtornos de humor, Alzheimer, trauma cerebral, coma, lesões da medula espinhal e outros problemas de marcha e equilíbrio.”
Quais são os dispositivos minimamente invasivos que você mencionou antes?
”As empresas estão desenvolvendo dispositivos que são muito mais leves, menores e mais fáceis de inserir do que os que temos hoje. A diminuição do tamanho e do peso por si só removerá algumas das complicações que obtemos dos dispositivos DBS atuais.
Estes provavelmente estarão no mercado nos próximos 5 anos. O maior desafio que temos é com a bateria que agora pode durar anos, mas é bastante volumosa e precisa ser implantada no paciente juntamente com os eletrodos. Então, estamos olhando para baterias recarregáveis que são muito menores.
Uma nota final sobre curas. Tenho certeza de que teremos curas eficazes para algumas das doenças que trataremos com a DBS no futuro, mas será difícil curar a todos, especialmente aqueles com formas muito raras dessas doenças. Essas técnicas de neuromodulação que estamos desenvolvendo são tratamentos sintomáticos que tornarão a vida mais fácil para as pessoas até que possamos curar e também ajudar aqueles para quem uma cura é menos provável de ser encontrada.”
Busque ajuda
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*Dr. Alfonso Fasano, MD, PhD, é um neurologista italiano treinado na Itália e na Alemanha. Ele é o codiretor do programa cirúrgico no programa Edmond J. Safra sobre a doença de Parkinson – Clínica de Distúrbios do Movimento Morton e Gloria Shulman, Hospital Toronto Western. É professor associado de medicina na Divisão de Neurologia da Universidade de Toronto e investigador clínico do Krembil Research Institute. As principais áreas de interesse do Dr. Fasano são o tratamento de distúrbios do movimento com tecnologias avançadas, incluindo bombas de infusão e neuromodulação.
Fonte: https://tmrwedition.com/2017/12/13/q-a-with-neuromodulation-expert-dr-alfonso-fasano/amp/.
*As opiniões expressadas pelos médicos, pesquisadores e especialistas não representam, necessariamente, as opiniões do Parkinson e Eu e da Medtronic. Trate com o seu médico a sua informação para diagnóstico e tratamento. Apenas o seu médico pode determinar qual terapia é ideal para você.
Tratamentos de Parkinson no SUS
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1% da população mundial possui Parkinson. No Brasil a doença afeta cerca de 200 mil pessoas.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), com base em solicitação da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, aprovou recentemente a portaria que renova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Parkinson e inclui novos medicamentos e tratamentos no Sistema Único de Saúde.
Medicamentos
Os pacientes com Parkinson já tinham disponíveis no SUS sete medicamentos para o tratamento da doença: Pramipexol; Amantadina; Bromocriptina; Entacapona; Selegilina; Tolcapona e Triexifenidil. Além de três outras substâncias que eram encontradas com 90% de desconto no Programa Farmácia Popular: Levodopa+Carbidopa, Biperideno e Levodopa.
A nova portaria inclui a Rasagilina (1 mg) e a Clozapina (25 mg e 100 mg), com um investimento de R$17,91 milhões para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Segundo o Ministério da Saúde, a Rasagilina estará disponível até o fim de fevereiro nas unidades de saúde. A substância é voltada para pacientes que iniciaram o tratamento na fase inicial da doença. Já a Clozapina, que já era oferecida no SUS para tratamento de transtorno bipolar e esquizofrenia, agora poderá ser usada também por pacientes com Parkinson que apresentam sintomas psicóticos.
Terapias Avançadas
Além dos medicamentos, a portaria também aborda os critérios de inclusão para tratamentos avançados, como a Estimulação Cerebral Profunda (DBS). De acordo com a portaria, a identificação dos pacientes que mais provavelmente se beneficiarão da DBS é extremamente importante, sendo o primeiro passo para uma intervenção cirúrgica bem-sucedida, e, portanto, os pacientes devem preencher critérios rigorosos de seleção.
Leia a portaria completa aqui:
http://conitec.gov.br/images/Protocolos/DDT/PCDT_Doen%C3%A7a_de_Parkinson_31_10_2017.pdf
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Fonte: http://www.brasil.gov.br/saude/2017/11/tratamento-de-parkinson-no-sus-tera-dois-novos-remedios.
Estimulação Cerebral Profunda pode ajudar os pacientes de Parkinson a viverem mais tempo
A Estimulação Cerebral Profunda pode ajudar a prolongar a sobrevivência dos pacientes com Parkinson, de acordo com um novo estudo do Hospital Edward Hines, Jr. VA de Illinois, nos Estados Unidos.
Sobre o estudo
A pesquisa chamada de “Sobrevivência de pacientes com Parkinson após Estimulação Cerebral Profunda ou tratamento médico”, que foi publicada na revista médica Movement Disorders, consistiu em comparar os dados de dois grupos de adultos mais velhos com Parkinson: aqueles que receberam DBS versus aqueles que não receberam. No total, os dados dos anos de 2007 a 2013 foram analisados.
Os resultados mostraram que, em média, aqueles tratados com Estimulação Cerebral Profunda sobreviveram por mais tempo do que aqueles que não realizaram o tratamento. O primeiro grupo atingiu uma média de 6,3 anos de vida após o implante vs. 5,7 anos de vida do que são tratados apenas com medicação.
Muitos estudos foram conduzidos sobre o impacto da DBS nas funções motoras dos pacientes de Parkinson, mas a maneira pela qual ela afeta a longevidade não tem sido muito estudada. Os resultados podem fazer parecer que não há muita diferença entre a longevidade de pacientes implantados e não implantados; mas devemos considerar que, além disso, a estimulação cerebral mostrou ser capaz de melhorar a qualidade de vida. Este pode ser o primeiro fator que aumenta a vida dos pacientes.
O estudo também apontou que, muitas vezes, é mais fácil encontrar condições adicionais de saúde em pacientes implantados porque são monitorados de perto. Já com os pacientes medicados, não há o mesmo acompanhamento e é muito mais difícil detectar outras condições porque a doença pode ofuscar.
“Em termos gerais, a cirurgia provou ser muito positiva para pacientes”, explica a Dra. Frances Weaver, principal autora da pesquisa. Ainda há muito para entender sobre a doença e seus tratamentos e muito progresso foi feito na pesquisa sobre a DBS, mas ainda são necessários outros estudos para confirmar se a Estimulação Cerebral Profunda aumenta a longevidade dos pacientes.
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