A importância de uma boa alimentação
Os efeitos colaterais do tratamento e os sintomas da própria doença de Parkinson podem interferir e dificultar a sua alimentação, por isso é fundamental adaptar a sua rotina alimentar com o objetivo de superar esses obstáculos. Uma boa alimentação não cura ou diminui a progressão da doença, porém, uma dieta saudável pode ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com a condição e aliviar alguns sintomas comuns.
Mantenha uma alimentação balanceada e variada, que conta com alimentos como frutas, vegetais, carnes e cereais. Essa varidade irá ajudá-lo a obter energia, proteínas, vitaminas, minerais e fibras que você precisa para ter uma boa saúde. E não deixe de fazer nenhuma refeição durante o dia.
Temos algumas dicas que você pode usar como base para melhorar sua alimentação. Mas lembre-se que todas as orientações adequadas e adaptadas para o seu caso devem ser feitas por nutricionistas especializados, por isso converse com o seu médico para buscar uma indicação.
1. Beba uma quantidade adequada de líquidos, mas evite bebidas ricas em cafeína e açúcar para não atrapalhar o sono;
2. Grãos integrais são uma ótima escolha, pois eles contêm fibras que ajudam a controlar a constipação, glicemia, pressão arterial, colesterol e doenças cardíacas;
3. Inclua frutas e legumes nas refeições, pois eles fornecem antioxidantes, minerais e vitaminas que nutrem e suportam os músculos, o sistema nervoso e os órgãos do corpo;
4. Coma alimentos ricos em cálcio, pois ajudam a manter os ossos fortes e prevenir fraturas;
5. Coma pequenas porções de alimentos com proteína para manter o sistema muscular saudável;
6. Evite uma grande quantidade de alimentos que contêm excesso de calorias (como industrializados, com muito açúcar ou sal), para não ganhar muito peso, o que pode dificultar os movimentos.
Agora aproveite todas essas dicas e compartilhe com seu cuidador e familiares para que a próxima ida ao supermercado seja pensando em um cardápio ideal.
E para complementar a sua dieta e melhorar ainda mais o seu dia a dia, não deixe de praticar atividades físicas também. Os músculos tonificados e saudáveis ajudam a manter o equilíbrio e a força!
Fontes:
http://www.parkinson.org.br/firefox/index.html
http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/parkinsons-disease/basics/lifestyle-home-remedies/con-20028488
http://www.parkinson.org/understanding-parkinsons/living-well/nutrition
Dicas para cozinhar facilmente, apesar do Parkinson
Anteriormente, falamos aqui no blog sobre a importância de manter uma dieta saudável para os pacientes de Parkinson. Sem dúvida, a melhor maneira de preservar a alimentação começa em casa. Porém, os sintomas da própria doença podem tornar o momento de cozinhar um desafio e, para muitas pessoas, pode até ser bem desgastante.
Encontramos uma série de dicas que podem fazer a hora de cozinhar muito mais fácil. Assim, você pode manter a sua dieta e continuar no seu caminho para o tratamento ideal.
Confira as dicas:
1. Reúna tudo que você precisa e coloque em um lugar antes de começar a preparar a comida;
2. Se for mais confortável, sente em uma cadeira que tenha uma altura ideal para que você possa manusear os alimentos no balcão ou fogão da sua cozinha;
3. Tome todas as precauções e organize a sua cozinha para tornar o acesso mais fácil possível;
4. Você pode usar luvas resistentes ao corte, para evitar acidentes com facas;
5. Use utensílios que sejam fáceis de manusear, leves e com boa aderência. Ao escolher os utensílios, recomendamos que identifique os objetos menos pesados e que serão menos cansativos de utilizar;
6. Escolha receitas que não exijam que você cozinhe duas coisas ao mesmo tempo e que permitam que você concentre sua atenção em uma coisa de cada vez. É muito comum os pacientes de Parkinson terem dificuldade para realizar várias tarefas simultaneamente;
7. Congele porções extras para comer em outros dias que você não estiver apto para cozinhar. Os sintomas da doença de Parkinson geralmente variam de um dia para o outro, por isso é útil ter refeições rápidas disponíveis.
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Uma boa dieta pode ajudar a reduzir a ansiedade e o pânico nos pacientes com Parkinson
Um dos problemas não-motores comuns que o Parkinson pode trazer é a ansiedade e os ataques de pânico. Pode não ser uma consequência que afeta a parte motora, diretamente, mas é desencadeada com o desenvolvimento da doença.
A ansiedade produz medo, estresse, nervosismo e preocupação, afetando a qualidade de vida do paciente gradualmente. Algumas pessoas com Parkinson evitam a interação social, por medo de serem criticadas, julgadas ou tratadas de maneira diferente por causa de sua doença.
Os ataques de pânico são categorizados como outro tipo de ansiedade, em que o paciente sofre ataques graves. Isso pode causar tremor, problemas de respiração (problemas que também fazem parte da doença de Parkinson diretamente). Esses ataques aumentam exponencialmente os sintomas da doença e podem até fazer com que o medicamento pare de funcionar.
A relação da ansiedade e dos ataques de pânico com a alimentação
Em algumas pessoas, verificou-se que baixos níveis de certos nutrientes como ferro, vitamina D e vitamina B6 estão relacionados à ansiedade e ataques de pânico(4). Nos pacientes com Parkinson, por razões desconhecidas, verifica-se que existe uma deficiência desses nutrientes.
O ferro está relacionado à produção de neurotransmissores, incluindo a dopamina(1). Em um estudo, pacientes com deficiência de ferro receberam suplementos de ferro e encontraram redução na ansiedade. Além disso, outros estudos já apontaram uma relação entre a deficiência de ferro e a ansiedade(3).
Além disso, outro estudo encontrou uma relação entre a deficiência de vitamina D com depressão, ansiedade, pânico e fobia e fratura óssea(2).
Finalmente, verificou-se que as pessoas que têm ataques de pânico têm baixos níveis de serotonina, um neurotransmissor produzido pela vitamina B6 e pelo ferro(5).
Mantenha uma dieta equilibrada
É por isso que é importante que os pacientes que experimentam ansiedade ou ataques de pânico verifiquem os níveis de ferro, vitamina B6 e vitamina D. Para isso, converse com o seu médico sobre o exame de sangue e, se tiver qualquer um dos níveis baixos, o médico pode prescrever suplementos alimentares ou mesmo injeções para regular os níveis.
Você também pode regular sua dieta com a ajuda de um especialista. Lembre-se de manter um acompanhamento constante dessas atividades com seu médico, para garantir que você possa lidar com efeitos colaterais ou quaisquer outras consequências que possam surgir.
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Fonte: http://parkinsonslife.eu/diet-alleviate-anxiety-and-panic-disorders-parkinsons-kathrynne-holden/.
Referências
(1) Beard, J. Iron Deficiency Alters Brain Development and Functioning. J. Nutr. May 1, 2003 vol. 133 no. 5 1468S-1472S
(2) Encephale. 2017 Feb;43(1):85-89. doi: 10.1016/j.encep.2016.08.002. Epub 2016 Sep 16. [Iron deficiency: A diagnostic and therapeutic perspective in psychiatry]. [Article in French] Kassir A1.
(3) Młyniec K1, Davies CL2, de Agüero Sánchez IG3, Pytka K4, Budziszewska B5, Nowak G6. Essential elements in depression and anxiety. Part I. Pharmacol Rep. 2014 Aug; 66(4): 534-44.
(4) Maddock J1, Berry DJ, Geoffroy MC, Power C, Hyppönen E. Vitamin D and common mental disorders in mid-life: cross-sectional and prospective findings. Clin Nutr. 2013 Oct; 32(5): 758-64.
(5) Mikawa Y1, Mizobuchi S, Egi M, Morita K. Low serum concentrations of vitamin B6 and iron are related to panic attack and hyperventilation attack. Acta Med Okayama. 2013; 67(2): 99-104.
A vitamina B12 pode ajudar a retardar a progressão da doença de Parkinson
Um novo estudo sugere que baixos níveis de vitamina B12 em pacientes que começam a desenvolver a doença de Parkinson podem estar relacionados à taxa de progressão da doença. Isso pode significar que um suplemento dessa vitamina poderia ser usado para tratar a velocidade do desenvolvimento de certos sintomas.
Informações sobre a deficiência de vitamina B12 em pacientes com Parkinson não são novas. Sua ausência pode aumentar a presença de alguns sintomas, como depressão, ansiedade, paranoia, dormência muscular e fraqueza.
Sobre o estudo
Neste novo estudo da Universidade da Califórnia, foram analisados os níveis de vitamina em 680 pacientes recentemente diagnosticados com Parkinson e que não haviam iniciado o tratamento. Eles foram observados por um período de dois anos, tempo em que avaliações cognitivas e físicas foram desenvolvidas. Os pacientes receberam a opção de tomar um suplemento vitamínico controlado diariamente.
Em seguida, eles dividiram os pacientes em três grupos de acordo com os níveis de vitamina B12. Eles descobriram que aproximadamente 13% dos pacientes tinham baixos níveis da vitamina, enquanto 5% tinham deficiência da vitamina.
A equipe encontrou que, ao longo do tempo, os sintomas em pacientes com níveis mais baixos de B12 desenvolveram-se mais rapidamente do que aqueles com níveis mais elevados: pacientes com níveis mais baixos de B12 tinham uma capacidade ambulatorial significativamente reduzida, comparado aos pacientes com níveis mais elevados.
“Nossos resultados demonstram que os baixos níveis de B12 estão associados com o aumento do equilíbrio e problemas de marcha, possivelmente devido ao efeito conhecido da deficiência de B12 no sistema nervoso central e periférico”, disse Chadwick Christine – MD, neurologista e principal autor do estudo-, em um comunicado de imprensa da universidade. “Alternativamente, a baixa da B12 pode ter um efeito direto sobre a progressão da doença de Parkinson, ou pode ser um marcador de um fator associado desconhecido, talvez correlacionado com outro aspecto de doença ou estado nutricional”.
Ainda há a necessidade de mais estudos sobre essa vitamina e sua relação com a doença, mas esses estudos estão abrindo novas portas no tratamento dessa doença.
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*As opiniões expressadas pelos médicos, pesquisadores e especialistas não representam, necessariamente, as opiniões do Parkinson e Eu e da Medtronic. Trate com o seu médico a sua informação para diagnóstico e tratamento. Apenas o seu médico pode determinar qual terapia é ideal para você. A Medtronic mantém um cadastro geral de profissionais de diversas especialidades, e o recebimento desses dados não configura indicação, devendo sempre o paciente consultar a rede referenciada do plano de saúde, hospital de preferência ou realizar pesquisa pessoal de qualificação e adequação.