Acupuntura para combater o Parkinson
Algumas terapias alternativas têm mais ou menos evidência científica, mas mais do que uma opção, são medidas que complementam o trabalho médico no tratamento do Parkinson. No caso da acupuntura, uma técnica terapêutica na medicina tradicional chinesa, estudos sugerem que pode ajudar a melhorar alguns sintomas motores e não motores.
Composta por estimulação de pontos específicos sobre a pele através de agulhas de aço inoxidável para causar respostas biológicas, o método tem sido amplamente utilizado com grande eficácia. A maioria das pessoas relatam que não sentem dores, mas outras dizem que sentem um leve incômodo com a picada da agulha, como se fosse uma injeção.
A acupuntura tem os seguintes benefícios no tratamento da doença:
1. Reduz os sinais e sintomas da doença;
2. Melhora as funções motoras (tremor, rigidez);
3. Melhora os sintomas não motores (estresse, humor, sono, apetite);
4. Reduz a necessidade de medicação e minimiza os efeitos colaterais;
5. Retarda a progressão da doença, aumentando os níveis de dopamina;
6. Reduz os danos e a morte dos neurônios;
7. Aumenta os níveis de ciclofilina;
8. Potencializa os sistemas antioxidantes.
Leve seu cuidador e familiar com você! Eles também podem se beneficiar de um aumento dos níveis de energia, melhoria do sono e do apetite, aumento de relaxamento e uma sensação geral de bem-estar.
Antes de optar por fazer acupuntura como complemento do seu tratamento, é importante conversar com o seu médico para ouvir as orientações dele e buscar um acupunturista especializado na doença. Lembre-se: cada pessoa tem uma experiência diferente, e nem sempre as terapias funcionam da mesma forma para todos.
Fonte: http://epda.eu.com/living-well/therapies/complementary-therapies/acupuncture/
Como aproveitar ao máximo os exercícios para os pacientes com Parkinson
As pesquisas e estudos recentes mostram que a atividade física oferece benefícios terapêuticos para os pacientes com Parkinson. Disciplinas como Tai Chi, boxe ou mesmo dança (como o tango, salsa, etc.), podem ajudar a melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
No entanto, muitos pacientes com Parkinson ainda têm dúvidas sobre qual é o melhor exercício a se fazer, o mais eficiente para a sua condição, e quanto e com que frequência deve ser feito. A verdade é que os pesquisadores ainda não chegaram a um acordo sobre o que é melhor, pois é necessário realizar mais estudos com diferentes tipos de pacientes para chegar a uma conclusão.
O Parkinson evolui e se apresenta de forma diferente em cada paciente, por isso é importante que os exercícios sejam personalizados para cada paciente. Lembre-se sempre de conversar com seu médico sobre cada exercício e perguntar o que é melhor para você, levando em consideração a evolução da sua condição e do tratamento que está sendo feito. Muitos médicos contam com o apoio de um Fisioterapeuta para encontrar a melhor solução.
Dicas para você e seu médico trabalharem juntos:
1. Desenvolvam exercícios sustentáveis e planejem o resultado a longo prazo. Assim como qualquer atividade física, os resultados só são alcançados a longo prazo se forem feitos regularmente;
2. Tentem variar os exercícios praticados. Existem muitas atividades que podem ajudar a mudar a rotina e intercalar os exercícios fazem com que seja menos monótono e cansativo;
3. Desafiem-se a tentar exercer atividades de alta complexidade, como boxe e dança, que requerem o desenvolvimento da coordenação, concentração e equilíbrio;
4. Incluam exercícios cardiovasculares que apresentam desafios;
5. Explorem algo que seja particularmente difícil para você. Se você tem dificuldade para se mover de uma certa maneira (como rolar na cama ou fazer uma curva), tente trabalhar com exercícios que desenvolvam esses movimentos.
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Fisioterapia no tratamento do Parkinson
Os fisioterapeutas podem ajudá-lo a encontrar um caminho para um estilo de vida ativo que pode ajudar com os sintomas da doença de Parkinson. Por isso, encontramos algumas dicas para você tirar o máximo proveito da fisioterapia no seu tratamento.
Encontre um fisioterapeuta com experiência na doença de Parkinson
Como o Parkinson é uma doença individualizada, é importante encontrar um fisioterapeuta que tenha experiência em tratar pessoas com a condição.
Esteja pronto para conversar
Antes de uma avaliação física, o fisioterapeuta provavelmente começará a fazer perguntas sobre seu movimento. Esteja pronto para falar sobre quaisquer problemas que você teve relacionados com caminhadas, equilíbrio, fraqueza, rigidez muscular, dor, quedas ou outros problemas. Além disso, fale também se você tem experimentado sintomas não motores como alucinações, depressão ou ansiedade.
Diga ao seu fisioterapeuta qual o seu objetivo
Seu fisioterapeuta deve perguntar sobre seus objetivos e o que você deseja alcançar através da fisioterapia. O fisioterapeuta desenvolverá objetivos de curto e longo prazo para o seu tratamento, e suas prioridades devem ser consideradas dentro desses objetivos. No final, a terapia física é sobre se dedicar ao que você quer fazer e melhorar a maneira como você se move.
Faça perguntas
Assim como você pode escrever as perguntas para o seu neurologista, você também deve fazer o mesmo para seu fisioterapeuta. Responder às suas perguntas deve ser uma prioridade para o fisioterapeuta, para que você possa criar um relacionamento de confiança e atingir seus objetivos.
Use roupas confortáveis e esteja pronto para se exercitar
Você terá que se movimentar durante as consultas, por isso use roupas confortáveis para realizar as atividades e esteja pronto para se exercitar.
Se você deseja encontrar um neurologista especializado na sua região, preencha o nosso formulário para entrarmos em contato com você: http://parkinsoneeu.com/recupere-sua-vida/.
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Problemas da bexiga e do intestino na doença de Parkinson
As pessoas com Parkinson podem ser mais propensas a ter problemas de bexiga ou intestinos do que pessoas de uma idade similar sem a condição. No entanto, nem todos com Parkinson experimentarão estes sintomas.
Problemas da Bexiga
A perda de dopamina e a consequente interrupção dos sinais entre o cérebro e a bexiga podem significar que as mensagens que indicam a bexiga para reter ou expulsar a urina sejam interrompidas.
Os problemas da bexiga associados com Parkinson incluem:
• Incontinência urinária
• Dificuldade em esvaziar a bexiga
Os problemas da bexiga podem ocorrer por vários motivos, de modo que a primeira abordagem no diagnóstico será eliminar outras causas além da doença de Parkinson, como infecções urinárias e problemas de próstata nos homens. Se surgirem dificuldades, especialmente em pessoas mais velhas, elas podem ser causadas por fatores totalmente não relacionados à condição, por isso uma avaliação médica completa deve ser realizada com os exames apropriados.
Problemas do Intestino
Alguns problemas, especialmente a redução do movimento intestinal ou a constipação, são particularmente comuns no paciente com Parkinson. Isso tende a ser resultado da lentidão do movimento (bradicinesia), da rigidez muscular e também dos músculos que não podemos ver – incluindo os músculos intestinais – o que, por sua vez, causam uma redução ou lentidão dos movimentos intestinais.
A constipação afeta até 65% das pessoas com Parkinson – os sintomas intestinais podem ser anteriores aos neurológicos. O tremor e o medo de derramar bebidas podem significar que algumas pessoas reduzem involuntariamente a ingestão de líquidos, o que pode fazer com que as fezes fiquem duras e difíceis de serem eliminadas.
O esvaziamento gástrico atrasado (gastroparesia) também é comum no Parkinson, levando a uma variedade de sintomas, como sentir-se cheio rapidamente ao comer, desconforto anormal por inchaço, náuseas, vômitos, perda de peso e desnutrição.
A ansiedade sobre os movimentos intestinais, possivelmente devido ao efeito de certos medicamentos, como levodopa e anticolinérgicos, também pode dificultar o relaxamento do corpo e dos músculos para permitir a passagem de fezes, resultando em constipação. O próprio Parkinson pode prejudicar o relaxamento automático do assoalho pélvico, necessário para endireitar a última parte do intestino e permitir que as fezes passem. Isso ocorre particularmente durante os períodos de “off” quando a medicação não está funcionando bem.
Finalmente, a diarreia pode ocorrer como um efeito colateral de certos medicamentos, que pode ser superado por ajustes no regime da medicação.
O que fazer agora?
Há muitas coisas que você pode fazer para ajudar a superar estes problemas. Algumas são muito simples, como mudanças na estrutura do seu banheiro e mudanças em sua rotina diária de alimentação e atividades físicas.
Além do seu médico, outros profissionais de saúde também podem aconselhar sobre aspectos do tratamento:
• Um nutricionista poderá aconselhar sobre a dieta e a ingestão de líquidos;
• Um fisioterapeuta pode ser capaz de ajudar com conselhos e exercícios abdominais;
• Um terapeuta pode ajudar com problemas de deglutição. Eles podem recomendar maneiras de relaxar a garganta e dar orientações sobre a postura e os exercícios para ajudar a superar quaisquer dificuldades que você tiver.
Outras opções de tratamento também podem ser adotadas pelos médicos:
• Medicação;
• Cirurgia;
• Cauterização intermitente.
Volte a ser você
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Fonte: http://www.epda.eu.com/about-parkinson-s/symptoms/non-motor-symptoms/bladder-problems/
http://www.epda.eu.com/about-parkinson-s/symptoms/non-motor-symptoms/bowel-problems/
Mitos e Verdades sobre a doença de Parkinson
Em torno de 6,3 milhões de pessoas no mundo apresentam a doença de Parkinson. A falta de conhecimento é um dos principais fatores para dúvidas, preconceitos e rumores. Por isso temos uma pergunta para você leitor: você sabe identificar e explicar o que é mito ou verdade?
Convidamos três Neurologistas especializados em Distúrbios de Movimento para esclarecer as principais afirmações relacionadas com o Parkinson. Confira abaixo!
A doença de Parkinson é diagnóstico de sala de espera.
Mito. “A doença de Parkinson é um diagnóstico feito com o tempo, evolução do paciente e resposta à medicação padrão-ouro (levodopa), pois muitas doenças podem parecer com o Parkinson nos primeiros meses ou anos. Na verdade, podemos falar de parkinsonismo (a síndrome de lentidão, rigidez e tremor de repouso) quando vemos um paciente na sala da espera, mas não de doença de Parkinson”, explica Dr. Flávio Sallem.
Não há cura para doença de Parkinson.
Verdade. “Infelizmente ainda não há cura, entretanto, há várias opções de tratamento que aliviam os sintomas e permitem uma melhor qualidade de vida. Além disso, quando o paciente não responde bem ao tratamento medicamentoso e evolui com flutuações motoras há possibilidade do tratamento cirúrgico com eletrodo de estimulação profunda”, esclarece Dra. Lorena Broseghini.
A doença de Parkinson aumenta a chance de quedas precoces.
Mito. “A doença de Parkinson pode levar a quedas após mais de 5 a 7 anos de doença. Quedas precoces associadas a uma síndrome parkinsoniana de início recente devem chamar a atenção a outras doenças, principalmente os parkinsonismos atípicos, como a Paralisia Supranuclear Progressiva”, ensina Dr. Flávio Sallem.
Quanto mais cedo se inicia o tratamento melhor.
Verdade. “O tratamento precoce minimiza os impactos dos sintomas e pode funcionar como fator neuroprotetor na evolução da doença”, explica Dra. Lorena Broseghini.
A doença de Parkinson é doença de pessoas idosas.
Mito. “Há muitos pacientes que apresentam os sintomas da doença antes dos 50 anos, ou mesmo antes dos 30 anos, e esse número, talvez pela melhora do diagnóstico, esteja aumentando”, esclarece Dr. Flávio Sallem. “A maioria das pessoas é diagnosticada por volta de 60 anos, mas existem as formas precoces com início antes dos 40 anos de idade”, esclarece Dra. Lorena Broseghini.
A doença é degenerativa.
Verdade. “Sim, com o passar do tempo a doença progride afetando as funções motoras e não-motoras do paciente. Porém, cada forma da doença tem uma evolução, não sendo possível determinar com antecedência como a doença vai avançar”, afirma Dra. Lorena Broseghini.
Se meu pai ou minha mãe tem a doença de Parkinson, eu também terei.
Mito. “Não é bem assim. Há múltiplas causas para a doença e mais recentemente estamos conhecendo melhor as causas genéticas. Geralmente ocorrem em pacientes mais jovens e, mesmo nesses casos, não são todos de transmissão direta (dominante). Portanto, na maior parte dos casos, o risco do filho de um doente de Parkinson na sua forma típica é praticamente igual ao da população normal”, explica Dr. Felipe Saba.
A doença não afeta apenas o sistema motor.
Verdade. “Sim, a doença de Parkinson apresenta sintomas não-motores, como alterações do comportamento, cognição, autonomia, sono e olfato”, diz Dra. Lorena Broseghini.
Há medicações que conseguem impedir ou retardar a evolução da doença de Parkinson.
Mito. “Infelizmente não há medicações que consigam retardar ou impedir a evolução da doença”, diz Dr. Flávio Sallem.
A doença de Parkinson sempre responde à levodopa.
Verdade. “A doença de Parkinson é a única doença que se manifesta com lentidão, rigidez, tremor de repouso e/ou quedas por instabilidade postural, e responde sempre à levodopa, apesar da resposta poder ficar menos dramática com o avançar da doença”, explica Dr. Flávio Sallem.
Tremor é igual a Parkinson
Mito. “A maioria dos pacientes com tremor evidente não é portador de Parkinson. Temos outros achados para dar esse diagnóstico. E quando associado ao tremor típico, é doença geralmente com boa resposta ao tratamento”, esclarece Dr. Felipe Saba.
Quem tem doença de Parkinson tem mais chance de ter demência.
Verdade. “Não é esperado nas fases iniciais. Pode haver um comprometimento da memória em fases mais tardias”, explica Dr. Felipe Saba. “Prejuízo da cognição ou demência franca, definida como a perda ou alteração cognitiva persistente e progressiva que interfere na qualidade de vida do paciente, é mais frequente em pacientes com doença de Parkinson do que na população geral, e ocorre em cerca de 40% dos portadores da condição a partir dos 10 anos de doença”, complementa Dr. Flávio Sallem.
O tratamento cirúrgico é indicado para as fases tardias da doença de Parkinson.
Mito. “Não, o tratamento cirúrgico, quando bem indicado pelo neurologista especialista em distúrbios do movimento, pode trazer benefícios na melhora dos sintomas parkinsonianos a partir de 5 anos do início da doença”, explica Dra. Lorena Broseghini.
A fisioterapia é essencial para o tratamento da doença de Parkinson.
Verdade. “A fisioterapia, especialmente destinada ao equilíbrio e marcha, é essencial para a manutenção da qualidade de vida e diminuição das quedas em pacientes com doença de Parkinson, e deve ser iniciada o quanto antes”, diz Dr. Flávio Sallem.
O paciente não pode praticar atividade física.
Mito. “Exercícios físicos são recomendados para o tratamento da doença de Parkinson. O neurologista é a pessoa indicada para avaliar cada quadro clínico e oferecer orientações sobre a melhor atividade”, esclarece Dra. Lorena Broseghini.
Diagnóstico de Parkinson é o fim.
Mito. “Nada disso!! Apesar do peso, trata-se de uma doença com bom controle. Temos tanto terapias medicamentosas quanto cirúrgica. Não há razão para desespero”, Dr. Felipe Saba.
Há formas genéticas da doença de Parkinson.
Verdade. “Há mais de 20 mutações genéticas causadoras da doença de Parkinson descritas, as famosas formas PARK, mas sua prevalência é pequena (menos de 10% dos quadros de doença de Parkinson são genéticos)”, esclarece Dr. Flávio Sallem.
O tremor é um sintoma exclusivo da doença de Parkinson.
Mito. “Não, existem outras doenças neurológicas que podem provocar vários tipos de tremor”, explica Dra. Lorena Broseghini.
A cirurgia melhora a qualidade de vida do paciente.
Verdade. “Para pacientes com mais de 5 anos de doença e diagnóstico confirmado de doença de Parkinson, especialmente quando há flutuações motoras (perda de resposta à medicação ao longo do dia ou movimentos involuntários causados pela levodopa) e incapacidade, resposta medicamentosa insatisfatória ou uso de múltiplas medicações, a cirurgia, tal como a colocação dos eletrodos de Estimulação Cerebral Profunda (DBS), leva a grande melhora da qualidade de vida, desde que seja realizada por neurocirurgião com experiência na área e sejam seguidos todos os protocolos”, responde Dr. Flávio Sallem.
Parkinsonismo é igual a doença de Parkinson
Mito. “Parkinsonismo é um grupo maior e mais amplo de doenças. Entre elas a doença de Parkinson. Esse grupo é muito heterogêneo, com diferentes formas de acometimento e, consequentemente, de resposta às terapias”, explica Dr. Felipe Saba.
É importante cuidar da alimentação.
Verdade. “Uma dieta balanceada e com nutrientes e vitaminas corretas pode ajudar a aliviar alguns sintomas, como a perda de peso, constipação e fadiga”, afirma Dra. Lorena Broseghini.
A pessoa com doença de Parkinson não consegue trabalhar.
Mito. “A doença se manifesta de formas variadas em diferentes pacientes. Dependendo da resposta ao tratamento há a possibilidade de o paciente realizar atividades no trabalho”, diz Dra. Lorena Broseghini.
Apoio dos médicos:
Dr Flávio Sekeff Sallem, MD, PhD, Neurologista.
Dr. Felipe Saba, Neurologista.
Dra. Lorena Broseghini Barcelos, Neurologista.
*As opiniões expressadas pelos médicos, pesquisadores e especialistas não representam, necessariamente, as opiniões do Parkinson e Eu e da Medtronic. Trate com o seu médico a sua informação para diagnóstico e tratamento. Apenas o seu médico pode determinar qual terapia é ideal para você.
Terapias Complementares para o Parkinson – Fonoaudiologia
A doença de Parkinson (DP) é uma condição neurológica, crônica e progressiva que afeta os circuitos cerebrais responsáveis pelo controle motor do movimento humano. Comumente os pacientes com DP, após alguns anos do início da doença, podem apresentar dificuldade na comunicação oral que depende do funcionamento dos aspectos de:
Voz, Articulação e Deglutição
• Respiração
• Fonação (voz)
• Articulação (fala)
• Salivação
• Disfagia (dificuldades ao engolir)
• Linguagem
• Cognição.
As características VOCAIS mais frequentes em pacientes com DP descritas na literatura são: tremor vocal, monotonia de frequência, volume reduzido e qualidade de voz rouca e soprosa.
As alterações vocais apresentadas pelos pacientes com DP, quando associadas a alterações na respiração, articulação, ressonância, prosódia e / ou fluência, são características de DISARTRIA.
A disartria é um distúrbio neurológico que afeta a comunicação oral devido a déficits no controle dos músculos da fala. A disartria presente na DP é classificada como hipocinética, pois apresenta imprecisão na articulação de consoantes, ressonância hipernasal, alterações na fluência e velocidade variável da fala. Existem avaliações precoces e tratamentos na fonoaudiologia disponíveis para minimizar seus sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Na DEGLUTIÇÃO pode haver dificuldade na mastigação dos alimentos, engasgos, tosses ou pigarros, perda de saliva, seu acúmulo ou espessamento Então através de orientações e exercícios os pacientes aumentam o volume da voz, articulando melhor e consequentemente melhorara sua comunicação.
Com a adequada deglutição, além de melhorar seu estado nutricional evitará problemas de broncoaspiração e pneumonias.
As orientações sobre como lidar com os pacientes no dia a dia são super importantes pois o convívio maior é com cuidadores e familiares.
Devido à rigidez dos músculos da face e laringe, intensidade da voz reduzida, voz monótona, alterações na velocidade de fala, dificuldade de articular e pronunciar palavras, a comunicação pode ficar prejudicada e incompreensível, tento de ser repetida ou a voz fica muito baixa … Então:
• Procure falar alto: Aumente seu volume de voz.
• Articule melhor as palavras: Exagere na fala mais clara, aberta e audível.
• Velocidade de fala: A fala rápida ou lenta pode deixar a fala incompreensível ou monótona.
• Postura adequada: Fale de frente. Respire. Pense em expressar se facialmente. Postura ereta.
• Beba muita água para a voz e para aliviar o pigarro: Evite pigarrear
Efeitos colaterais da Cirurgia. Podem acontecer?
A Estimulação Cerebral Profunda (DBS) mostra resultados satisfatórios para sintomas cardinais motores; no entanto, as descobertas sobre seu impacto na comunicação oral de indivíduos implantados são limitadas, demonstrando que a DBS pode afetar positiva ou negativamente a comunicação, principalmente em pacientes que tem os aspectos de fala, articulação, voz, disfagia, salivação e cognição alterados antes da cirurgia. Por isso a avaliação fonoaudiológica linguística cognitiva e de aspectos motores pré e pós cirúrgica é importante para que os pacientes ingressem em terapia para obter efeitos rápidos.
Por Dra. Carla Giacominelli, fonoaudióloga (carlareab.com.br)