Muitos se lembram de Muhammad Ali como o maior boxeador de todos os tempos, mas nós lembramos dele especialmente porque foi um dos pacientes de Parkinson mais admiráveis. Sua maneira de ver a doença e os dias difíceis que passou fez dele um claro exemplo de que a doença não precisa ser o centro da vida.
Em uma entrevista perguntaram para Ali se a doença não afetou sua capacidade mental, e prontamente ele respondeu: – “Assim espero”. O repórter então corrigiu: – “Bem, mudou o seu movimento, sua fala e a expressão em seu rosto”. Ali sorriu de orelha a orelha imediatamente, como se estivesse contestando a indagação do repórter.
Dessa forma é como o boxeador sempre quis ser lembrado: como alguém que sabe dar um golpe na doença e responder da melhor maneira os golpes que a vida lhe dá. O Parkinson enfrentou o campeão dos pesos pesados. Ali perdeu a batalha, mas, em troca, ele nos deixou seu legado para inspirar milhares de pessoas como ele.
No final a doença já estava bem avançada e os médicos afirmaram que sua condição foi resultado de seus dias no ringue. Ali nunca se mostrou derrotado, mesmo com seu passado. “Alguém escreveu que eu estava no boxe há muito tempo e que o que eu adorava, eventualmente, me destruiu. Mas, se eu pudesse fazer tudo de novo, eu faria exatamente o mesmo”, disse uma vez.
Exemplo para muitos
O boxeador conseguiu sensibilizar a todos sobre a doença. Ver o campeão dos campeões enfrentar uma doença tão grande e perder no final chamou a atenção das pessoas. Graças aos seus esforços para criar o Muhammad Ali Parkinson Center juntamente com a Fundação Michael J. Fox, entendemos a doença melhor e percebemos que nenhum paciente está sozinho em sua batalha.
Ali faleceu em junho de 2016, mas nada que ele nos ensinou foi esquecido. Pelo contrário, mais e mais aprendemos diariamente sobre o Parkinson e queremos vencê-lo ou, pelo menos, mostrar que a doença não é mais forte do que nós.
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