Um dos problemas não-motores comuns que o Parkinson pode trazer é a ansiedade e os ataques de pânico. Pode não ser uma consequência que afeta a parte motora, diretamente, mas é desencadeada com o desenvolvimento da doença.

A ansiedade produz medo, estresse, nervosismo e preocupação, afetando a qualidade de vida do paciente gradualmente. Algumas pessoas com Parkinson evitam a interação social, por medo de serem criticadas, julgadas ou tratadas de maneira diferente por causa de sua doença.

Os ataques de pânico são categorizados como outro tipo de ansiedade, em que o paciente sofre ataques graves. Isso pode causar tremor, problemas de respiração (problemas que também fazem parte da doença de Parkinson diretamente). Esses ataques aumentam exponencialmente os sintomas da doença e podem até fazer com que o medicamento pare de funcionar.

A relação da ansiedade e dos ataques de pânico com a alimentação
Em algumas pessoas, verificou-se que baixos níveis de certos nutrientes como ferro, vitamina D e vitamina B6 estão relacionados à ansiedade e ataques de pânico(4). Nos pacientes com Parkinson, por razões desconhecidas, verifica-se que existe uma deficiência desses nutrientes.

O ferro está relacionado à produção de neurotransmissores, incluindo a dopamina(1). Em um estudo, pacientes com deficiência de ferro receberam suplementos de ferro e encontraram redução na ansiedade. Além disso, outros estudos já apontaram uma relação entre a deficiência de ferro e a ansiedade(3).

Além disso, outro estudo encontrou uma relação entre a deficiência de vitamina D com depressão, ansiedade, pânico e fobia e fratura óssea(2).

Finalmente, verificou-se que as pessoas que têm ataques de pânico têm baixos níveis de serotonina, um neurotransmissor produzido pela vitamina B6 e pelo ferro(5).

Mantenha uma dieta equilibrada
É por isso que é importante que os pacientes que experimentam ansiedade ou ataques de pânico verifiquem os níveis de ferro, vitamina B6 e vitamina D. Para isso, converse com o seu médico sobre o exame de sangue e, se tiver qualquer um dos níveis baixos, o médico pode prescrever suplementos alimentares ou mesmo injeções para regular os níveis.

Você também pode regular sua dieta com a ajuda de um especialista. Lembre-se de manter um acompanhamento constante dessas atividades com seu médico, para garantir que você possa lidar com efeitos colaterais ou quaisquer outras consequências que possam surgir.

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Fonte: http://parkinsonslife.eu/diet-alleviate-anxiety-and-panic-disorders-parkinsons-kathrynne-holden/.

Referências

(1) Beard, J. Iron Deficiency Alters Brain Development and Functioning. J. Nutr. May 1, 2003 vol. 133 no. 5 1468S-1472S

(2) Encephale. 2017 Feb;43(1):85-89. doi: 10.1016/j.encep.2016.08.002. Epub 2016 Sep 16. [Iron deficiency: A diagnostic and therapeutic perspective in psychiatry]. [Article in French] Kassir A1.

(3) Młyniec K1, Davies CL2, de Agüero Sánchez IG3, Pytka K4, Budziszewska B5, Nowak G6. Essential elements in depression and anxiety. Part I. Pharmacol Rep. 2014 Aug; 66(4): 534-44.

(4) Maddock J1, Berry DJ, Geoffroy MC, Power C, Hyppönen E. Vitamin D and common mental disorders in mid-life: cross-sectional and prospective findings. Clin Nutr. 2013 Oct; 32(5): 758-64.

(5) Mikawa Y1, Mizobuchi S, Egi M, Morita K. Low serum concentrations of vitamin B6 and iron are related to panic attack and hyperventilation attack. Acta Med Okayama. 2013; 67(2): 99-104.